Saiba qual é o câncer com maior chance de prevenção no mundo
Câncer colorretal ou de intestino atinge cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil
O câncer colorretal ou de intestino atinge cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) é o terceiro tipo de câncer mais comum no país e atinge homens e mulheres igualmente.
O câncer colorretal abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon), no reto (final do intestino) e no ânus. É passível de tratamento e, quando detectado precocemente, costuma ser curável.
O tema foi destaque de uma das pílulas diárias da nova versão do CNN Sinais Vitais, com o cardiologista Roberto Kalil (veja abaixo).
O câncer com maior chance de prevenção no mundo é o chamado câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino. Quando descoberto precocemente, há uma taxa de aproximadamente 90% de chances de cura. Sintomas como diarreia, prisão de ventre, sangue nas fezes, emagrecimento sem qualquer motivo servem de alerta para o diagnóstico de câncer colorretal.
Roberto Kalil, cardiologista e apresentador do CNN Sinais Vitais
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável.
“Alguns dos fatores de risco são: consumo excessivo de carnes vermelhas, processados, tabagismo e o álcool. A colonoscopia, exame que detecta pólipos e tumores, deve ser feita em todas as pessoas acima dos 45 anos de idade, com exceção a casos familiares conhecidos, o exame pode ser feito precocemente conforme orientação médica”, afirma Kalil.
Prevenção
O desenvolvimento do câncer de intestino tem forte impacto da alimentação. Dietas pobres em fibras e o excesso no consumo de alimentos ultraprocessados contribuem para o surgimento da doença.
Segundo o Inca, os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável.
Ou seja: baixo consumo de alimentos in natura e minimamente processados, como as frutas, verduras e legumes; alto consumo de alimentos ultraprocessados, de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para esse tipo de câncer.
Além do alto índice calórico que promove o ganho de peso, as carnes processadas são submetidas a algumas técnicas para realçar seu sabor ou melhorar a preservação, que também podem favorecer o surgimento do câncer.
As substâncias presentes na fumaça do processo de defumação e os conservantes (como os nitritos e nitratos) também adicionados durante o processamento, juntamente com o sal, podem provocar o surgimento de câncer de intestino.
As principais orientações para prevenir o câncer colorretal incluem mudanças no estilo de vida. É recomendada prática regular de atividade física, sendo que a orientação para adultos e idosos de realizar pelo menos 150 minutos de exercícios na semana, preferencialmente distribuídos em diferentes dias e momentos, podendo envolver atividades aeróbicas (caminhada, corrida, natação, ciclismo etc.), de fortalecimento de músculos e ossos e de alongamentos.
Manter o peso adequado, fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação, reduzir a quantidade de óleos, gorduras, sal e açúcar e limitar o consumo de alimentos processados também contribuem para evitar o desenvolvimento da doença.
Saiba como identificar alimentos ultraprocessados
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Comida congelada e outros alimentos ultraprocessados devem ser consumidos o mínimo possível, segundo nutricionistas • Noel Hendrickson/Getty Images
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Macarrão instantâneo faz parte da lista de alimentos ultraprocessados • Miles Burke/Unsplash
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Embutidos como salsichas e outros produtos derivados de carne e gordura animal também são ultraprocessados • Aliet kitchen/Unsplash
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Considerados ultraprocessados, refrigerantes podem ser substituídos por sucos naturais • K8/Unsplash
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Diversos tipos de biscoitos recheados também são ultraprocessados • Peter Dazeley/Getty Images
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Técnicas de processamento utilizadas na fabricação de ultraprocessados incluem tecnologias exclusivamente industriais, como uso da farinha de milho para fazer salgadinhos de pacote
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