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    Pessoas com mandado de prisão em aberto registraram armas, aponta PF

    Operação realizada quinta-feira (4) mira colecionadores, atiradores e caçadores

    Elijonas Maiada CNN , Em Brasília

    A investigação da Polícia Federal (PF) apontou que pessoas com mandados de prisão em aberto conseguiram acesso legal a armas de fogo no Brasil nos últimos anos. Os pedidos de prisão incluem crimes hediondos, como roubos e homicídio, e até pagamento de pensão alimentícia.

    Colecionadores, atiradores e caçadores são alvo da operação “Day After”, da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta (4). Os agentes cumprem mais de 50 mandados de prisão em todos os estados do Brasil.

    Pelos parâmetros da PF, para se ter arma de fogo um dos requisitos é a idoneidade. Dessa forma, se a pessoa respondeu a qualquer procedimento criminal ou civil (no caso de pensão alimentícia), ela não deveria conseguir porte ou posse de arma.

    “Mas essa concessão dos CACs estabeleceu seus critérios e, pelo que foi sendo apurado durante o recadastramento, muita gente conseguiu se registrar como CAC tendo contra si algum impeditivo”, relatou à CNN uma fonte da PF a par das investigações.

    Recadastramento

    O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou na terça-feira (2) que não haveria uma nova prorrogação do prazo para recadastramento de armas no país, que se encerrou na quarta-feira (3).

    A medida foi anunciada em fevereiro e, inicialmente, previa prazo até abril para que donos de armas de fogo procurassem a Polícia Federal para fazer o registro. Porém, o governo decidiu adiar esse prazo por um mês, até 3 de maio, atendendo a pedido de parlamentares ligado à Comissão de Segurança Pública da Câmara.

    Dino informou que 933 mil armas já haviam sido recadastradas junto à PF, pelo Sinarm, o sistema de registro de armas, considerado um sucesso pelo governo federal. Segundo o Ministério da Justiça, todos que não se recadastraram serão responsabilizados criminalmente.

    O programa de cadastramento foi anunciado pelo governo Lula no início do mandato. O objetivo, segundo o governo, é estabelecer um controle sobre o arsenal em circulação no país.

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