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    Entenda como o Real Madrid pode ajudar CBF a contratar Ancelotti para a Seleção

    Técnico italiano pode deixar o clube espanhol mesmo se ganhar a Liga dos Campeões mais uma vez

    Marcel Rizzoda Itatiaia

    A espera da direção da CBF por Carlo Ancelotti depende, hoje, mais do Real Madrid do que do treinador. O italiano é o preferido do presidente, Ednaldo Rodrigues, para ser o próximo técnico da Seleção Brasileira e isso não é segredo já há algum tempo, mas a pergunta atualmente é: até quando a confederação brasileira vai aguardar para saber se poderá ou não contratá-lo?

    A paciência de Ednaldo tem uma explicação, segundo pessoas próximas: intermediários da CBF na Europa em contato com a diretoria do Real Madrid ouviram que o futuro do treinador no clube será avaliado ao fim da temporada europeia, ou até antes disso a depender dos resultados.

    E que mesmo se o Real ganhar os dois títulos que ainda disputa, a Copa do Rei e a Liga dos Campeões, não é certo que Ancelotti ficará para cumprir o contrato até meados de 2024. Uma demissão, portanto, abriria caminho para a CBF fechar com Ancelotti sem envolver multas contratuais ou negociações mais complexas com o estafe do técnico.

    Parece loucura imaginar Ancelotti fora mesmo se ganhar mais uma Champions, mas não para aqueles que conhecem um pouquinho do perfil imprevisível do presidente do Real, Florentino Pérez. As informações na Espanha, e que chegaram à CBF, é que há ruídos entre o dirigente e o técnico, principalmente pela campanha considerada ruim no Campeonato Espanhol, que terá fatalmente o rival Barcelona como campeão.

    A recente derrota sofrida por 4 a 2 para o pequeno Getafe aumentou a pressão sobre Ancelotti.

    O tempo joga contra

    O técnico continua “na dele”. Sabe do interesse da CBF e tem predileção em treinar a Seleção Brasileira, desde que esteja desempregado. Ele pretende, de fato, cumprir seu contrato com o Real até meados de 2024, se não for demitido. Por isso, em quase toda entrevista desconversa sobre a CBF ou fala que é bobagem prazo para dar uma resposta.

    A questão, para a CBF, é se o Real Madrid avançar até a final da Liga dos Campeões, que será em 10 de junho. A semifinal, contra o Manchester City, terminará em 17 de maio. Se o Real cair na semi, mesmo com mais quatro jogos da La Liga pela frente, não é impossível que Florentino Pérez e Ancelotti definam logo um caminho para o futuro, com possibilidade alta de rompimento.

    Isso abriria caminho para o sim do italiano à CBF, e mesmo se ele não chegasse a tempo de comandar o time na Data-Fifa de junho, o acerto, e o anúncio deste, dariam tranquilidade para um interino trabalhar nesses jogos, que nem adversários definidos ainda tem.

    Mas se o Real for para a final da Champions, esperar até 10 de junho pode ser tarde demais para a CBF, mesmo desejando muito ter Ancelotti — a convocação para a Data-Fifa de junho, com jogos entre 12 e 20 do mês que vem, deve ocorrer em 25 de maio. Nesse ponto, pode ser impossível esperar a rescisão entre Real e o treinador e o plano B poderá ter que ser acionado.

    Qual é o plano B?

    Ninguém sabe. Nomes como o de Jorge Jesus e o de José Mourinho foram oferecidos por intermediários, mas estão longe, muito longe de serem unanimidade como Ancelotti. O estilo ofensivo de Fernando Diniz, do Fluminense, agrada a Ednaldo, mas auxiliares do presidente fazem o contraponto dizendo que o conceito de Diniz funciona no trabalho diário. Na Seleção, ele encontrará os jogadores cinco vezes por ano, em períodos curtos de até dez dias, e pode não funcionar.

    Por isso que, por enquanto, a espera é pelo plano A.

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