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    Papa Francisco se encontra com membro da Igreja Ortodoxa russa após comentário sobre “missão” de paz

    Pontífice afirmou ter conversado com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, sobre a guerra na Ucrânia

    Philip Pullellada Reuters

    O papa Francisco conversou nesta quarta-feira (3) com um importante membro da Igreja Ortodoxa russa dias depois de o pontífice ter feito um comentário intrigante, embora enigmático, sobre o envolvimento do Vaticano em uma missão para tentar acabar com a guerra na Ucrânia.

    O metropolita (bispo) Anthony, efetivamente o número dois da Igreja Ortodoxa Russa, teve um lugar de destaque na audiência geral de Francisco na Praça de São Pedro e foi o primeiro levado para cumprimentar o papa no final. Ele passou mais tempo conversando com Anthony do que com os outros.

    Em seu retorno de uma viagem à Hungria na noite de domingo, Francisco foi questionado por um repórter se o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e autoridades da Igreja Ortodoxa Russa poderiam acelerar o processo de paz na Ucrânia e marcar um encontro entre o papa e o presidente russo, Vladimir Putin.

    “Há uma missão em andamento agora, mas ainda não é pública. Quando for pública, eu a revelarei”, respondeu o papa.

    Francisco acrescentou que havia falado sobre a Ucrânia com Orbán e com o metropolita Hilarion, o principal representante da Igreja Ortodoxa Russa em Budapeste e predecessor de Anthony como chefe das relações externas da igreja.

    Mas suas palavras pareceram pegar Kiev e Moscou de surpresa, com ambos dizendo que nada sabiam sobre qualquer iniciativa de paz papal em andamento.

    Nem o papa, nem a assessoria de imprensa do Vaticano deram detalhes sobre os comentários desde então. Anthony teve reuniões com outras autoridades do Vaticano, mas não ficou claro se ele teria uma audiência privada com o papa durante sua visita a Roma.

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