PF apreende R$ 16 mil e US$ 35 mil na casa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Dinheiro foi encontrado na casa do tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, em Brasília; ele foi preso nesta quarta-feira (3)
A Polícia Federal (PF) encontrou R$ 16 mil e US$ 35 mil na casa do tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Cid foi preso na operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF também realizou busca e apreensão em um endereço ligado a Bolsonaro no Jardim Botânico, em Brasília. Trata-se da casa onde o ex-presidente mora com Michelle Bolsonaro.
Com acesso ao Planalto nos últimos quatro anos, Mauro Cid ou “coronel Cid”, se consolidou como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Durante o governo Bolsonaro, o coronel transitava livremente no gabinete presidencial, no Palácio da Alvorada e até mesmo no quarto ocupado pelo ex-chefe do Executivo nos hospitais, após cirurgias.
A atuação do assessor presidencial ganhou os holofotes, porém, depois que vieram à tona suas conversas no WhatsApp com o blogueiro Allan dos Santos, do Terça Livre, no inquérito aberto para investigar a organização e o financiamento de atos antidemocráticos.
Em depoimento prestado, Mauro Cid declarou à PF que não se recordava de “ter estabelecido” conversas com Allan dos Santos sobre a “necessidade de intervenção das Forças Armadas” e negou apoiar a ideia.
Cid também esteve envolvido no caso das joias avaliadas em R$ 16,5 milhões que Bolsonaro trouxe ilegalmente para o Brasil.
O ajudante de ordens do ex-presidente foi o primeiro a ser escalado para resgatar pessoalmente joias e relógio de diamantes.
Operação da PF
A Operação Venire, deflagrada nesta quarta-feira (3), investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS).
Além da prisão de Cid e da busca e apreensão na casa do ex-presidente, também foram presos Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, assessores de Bolsonaro que trabalhavam no Planalto, além do secretário municipal de Governo da cidade de Duque de Caxias/RJ, João Carlos de Sousa Brecha.
No total, são cumpridos seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Todos no âmbito do inquérito das milícias digitais, do STF (Supremo Tribunal Federal).