Banco Central dos EUA aumenta taxa de juros em 0,25 ponto percentual
É a décima alta de juros no país desde março de 2022, taxa no país agora está na faixa entre 5% e 5,25%
O Federal Reserve – Fed, o banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (3) o aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros de país, que agora está na faixa entre 5% e 5,25% ao ano. Essa é a décima ata de juros no país desde março de 2022.
Em sua última decisão, a taxa também subiu 0,25 ponto percentual e estava, desde então, no intervalo de 4,75% a 5%.
De acordo com o comunicado da instituição, as avaliações de seu Comitê de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) leva, em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais.
E, considerando que atividade econômica expandiu em ritmo modesto no primeiro trimestre, diz o documento, que “os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses, a taxa de desemprego permaneceu baixa e a inflação continua elevada”, o Fomc decidiu pelo aumento.
A meta de inflação nos Estados Unidos é de 2% ao ano. Atualmente está em 5% nos 12 meses encerrados em março, a menor desde maio de 2021. Apesar de acima da meta, mas desacelerou desde que chegou a 9% em junho de 2022.
“Ao determinar até que ponto o endurecimento adicional da política monetária pode ser apropriado para retornar a inflação a 2% de longo prazo, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, o tempo com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e os fatores de desenvolvimentos econômicos e financeiros”, diz o comunicado.
Além disso, o Fomc afirma que continua reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, “conforme descrito em seus planos anunciados anteriormente.”
O comunicado do Fed não incluiu a observação de que “alguma política adicional pode ser apropriada”, que foi incluída em seu comunicado anterior. Essa omissão deixa em aberto a possibilidade de uma pausa próxima nos aumentos de juros.
O Fed também observou que padrões de empréstimo mais rígidos provavelmente desacelerarão a economia, o que poderia ajudar o banco central a atingir sua meta de inflação.
A decisão do Fed ocorre apenas dois dias após o colapso do First Republic Bank, a segunda maior falência bancária da história dos EUA.
Como o Silicon Valley Bank e o Signature Bank, a falência do First Republic foi precipitada pela campanha de aumento de juros do banco central, que já se estende por um ano.
À medida que as taxas sobem, os investimentos feitos pelos bancos — particularmente em títulos de longo prazo — desvalorizam, deixando os credores sentados em bilhões de dólares em perdas não realizadas.
Quando o Fed aumenta as taxas de juros, os bancos precisam aumentar as taxas de suas contas de poupança para atrair clientes de seus concorrentes. Isso pode colocar uma quantidade desproporcional de pressão sobre os bancos médios e regionais — como aqueles que viram os correntistas retirarem seu dinheiro quando a crise bancária começou, em março.
*Com informações de CNN Internacional. Publicado por Ana Carolina Nunes.