Maioria das bolsas europeias fecha em alta, com foco em decisões de BCs e balanços
Na sessão desta quarta, alguns dados de emprego ofereceram sinalizações sobre quais devem ser próximos passos das autoridades monetárias
As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta quarta-feira (3) em sessão marcada pela expectativa pelas decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), marcada para o período da tarde desta quarta, e do Banco Central Europeu (BCE), realizada na manhã da quinta-feira.
Na sessão desta quarta, alguns dados de emprego ofereceram sinalizações sobre quais devem ser os próximos passos das autoridades monetárias.
O dia contou ainda com uma série de balanços de importantes empresas europeias. Entre as principais bolsas, a grande exceção é Lisboa, que recuou quase 1% diante da atual crise política que ameaça o governo português.
O mercado financeiro tinha até o fechamento das bolsas europeias a expectativa de que o Fed elevaria os juros em 25 pontos-base (pb) no encontro desta quarta, enquanto não havia consenso entre analistas sobre o desfecho da reunião de política monetária do BCE na quinta.
A grande maioria dos dirigentes tem sinalizado que mais aperto está por vir nesta semana, mas entre os analistas não há certeza sobre se ele será de 25 ou 50 pb, em contexto de inflação ainda persistente.
Nas avaliações sobre o BCE, as turbulências recentes em algumas companhias do setor bancário dos dois lados do Atlântico não têm tido espaço, com o foco sobretudo na trajetória inflacionária.
O desemprego na zona do euro caiu em março ao menor nível já registrado, de 6,5%, segundo pesquisa da Eurostat publicada mais cedo. A previsão era que a taxa seguisse no patamar de fevereiro, em 6,6%.
Também nesta quarta, grandes empresas europeias divulgaram balanços trimestrais. O UniCredit agradou com lucro e receita acima das expectativas, e a ação do banco italiano saltou 3,76%% em Milão, ajudando no avanço de 0,77% do FTSE MIB, a 26.835,31 pontos.
Já o Lloyds lucrou mais que o previsto, mas sofreu queda nos depósitos, e o papel do banco britânico caiu 3,45% em Londres, onde o FTSE 100 subiu 0,20%, a 7.788,37 pontos.
Já em Frankfurt, a ação da Lufthansa sofria perdeu 1,36%%, após a empresa aérea alemã desagradar com seus resultados. Ali, o DAX caiu 0,56%, a 15.815,06 pontos. Com publicação de balanço marcada para depois do fechamento do mercado, a Airbus recuou 0,65% em Amsterdã com a expectativa.
Em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,92%, a 6.068,21 pontos. O governo do primeiro-ministro socialista António Costa sofre fortes ameaças, e uma dissolução do Parlamento pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa é cogitada, o que poderia acarretar na convocação de eleições antecipadas.
Ainda na Península Ibérica, o Ibex 35 caiu 0,13%, aos 9.069,80 pontos. Já em Paris, o CAC 40 subiu 0,28%, aos 7.403,83 pontos.