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    Meta derruba mais de 100 contas que promoviam discussões pró-China nos EUA e Europa

    Rede no Facebook e Instagram também tinha uma organização de notícias fictícia e provavelmente usava imagens deepfake

    Donie O'SullivanSean Lyngaasda CNN , Nova York

    A empresa-mãe do Facebook, Meta, anunciou nesta quarta-feira que derrubou uma rede de mais de 100 contas baseadas na China que se apresentavam como organizações nos EUA e na Europa e promoviam pontos de discussão pró-Pequim.

    As contas do Facebook e do Instagram, que incluíam uma organização de notícias fictícia, denominadas como um think tank, provavelmente usavam imagens deepfake desenvolvidas por meio de inteligência artificial a fim de parecerem legítimas, disse Meta.

    A rede, que tinha mais de 15 mil seguidores nas plataformas da Meta, parece ter recebido alguns recursos financeiros. Em um exemplo, os usuários por trás das contas convocaram protestos em Budapeste contra George Soros, o filantropo bilionário e alvo frequente de grupos de direita, e postaram no Twitter uma oferta para pagar as pessoas para comparecer. As contas também ofereciam pagar escritores freelancers para contribuir com pelo menos um de seus sites.

    Elas estavam repletas de comentários pró-China, incluindo “advertências contra o boicote às Olimpíadas de Pequim em 2022; alegações de política externa dos EUA na África” e “reivindicações de condições de vida confortáveis ​​para os uigures na China”, apontou a Meta em seu relatório. As contas falsas também postaram “comentários negativos sobre ativistas uigures e críticos do Estado chinês”, afirmou.

    A Meta não vinculou a rede ao governo chinês, dizendo que encontrou links para indivíduos na China associados a uma empresa de tecnologia. A CNN entrou em contato com a empresa para comentar. A Meta regularmente derruba campanhas de influência encobertas e divulga informações sobre elas em relatórios trimestrais.

    As derrubadas “sinalizam uma mudança na natureza” das redes de influência com base na China, à medida que os agentes chineses adotam novas táticas, como a criação de uma empresa de fachada, a contratação de escritores freelances em todo o mundo e a oferta de recrutamento de manifestantes, disse Ben Nimmo a repórters na terça-feira, líder global de inteligência de ameaças da Meta.

    Embora as redes sejam geralmente pequenas e tenham lutado para construir uma audiência, “elas estão experimentando diversas táticas e isso é algo que sempre queremos observar”, destaca.

    As táticas são semelhantes às usadas pelos agentes russos durante a campanha eleitoral presidencial dos EUA em 2016. Com a utilização de personas falsas e se passando por representantes de organizações políticas e ativistas dos EUA, os russos recrutaram com sucesso americanos involuntários para participar de acrobacias políticas.

    Nos últimos anos, os agentes chineses “evoluíram sua postura” de preocupação em serem pegos influenciando as eleições dos EUA para ver as operações de influência como outra ferramenta para projetar poder, disse uma autoridade dos EUA à CNN.

    “Estamos de olho” nas operações de influência chinesa rumo às eleições de 2024, falou o funcionário.

    As acusações da equipe do procurador especial Robert Mueller em 2018 detalharam como a desinformação da Rússia foi projetada para exacerbar as divisões existentes nos Estados Unidos.

    Antes das eleições de meio de mandato dos EUA em 2022, os funcionários do FBI expressaram preocupação de que os agentes chineses parecessem estar envolvidos em “atividades de influência no estilo russo” que atiçam as divisões americanas.

    Agentes e organizações afiliadas ao governo russo e chinês promoveram desinformação sobre a integridade das eleições americanas que se originaram nos EUA durante a temporada eleitoral de meio de mandato, disseram autoridades do FBI.

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