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    Brasil retomará exigência de vistos para turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália

    Medida entra em vigor a partir do dia 1º de outubro; exigência havia sido suspensa em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro

    Bruno Laforéda CNN , Em São Paulo

    O Brasil voltará a exigir vistos de turistas dos Estados Unidos, Japão, Austrália e Canadá a partir de 1º de outubro de 2023. A retomada desta exigência foi oficializada nesta quarta (3), em publicação no Diário Oficial da União.

    O atual decreto revoga um anterior, publicado em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, ele dispensou o visto para turistas dos quatro países de forma unilateral. Durante todo esse período, foi mantida a exigência de visto para entrada de turistas brasileiros no território dos países em questão.

    A medida tomada pelo governo anterior atendeu a uma demanda do setor de turismo. No mês passado, um documento assinado por 30 entidades representativas do segmento foi entregue à ministra do Turismo, Daniela Carneiro. As associações pediam apoio para manutenção da isenção dos vistos.

    O economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), participou de audiência pública na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (26), na qual defendeu a permanência da isenção.

    Segundo ele, a medida, agora oficializada, reprime a retomada do turismo após a pandemia da Covid-19.

    Bentes estima que a suspensão do decreto de 2019 pode prejudicar a arrecadação. “Segundo o Banco Central, o turista estrangeiro gasta, em média, US$ 1.307 no Brasil. Considerando que os gastos dos turistas advindos dos EUA, Canadá, Austrália e Japão estão consideravelmente acima da média, estimados em US$ 4.000, o setor deixaria de arrecadar R$ 2,5 bilhões ao dificultar a entrada desses turistas no país”, afirmou o economista.

    Entre 2019 e 2022, segundo fontes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), houve relativa estabilidade e até mesmo queda no número de visitantes de Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália ao Brasil.

    (Com informações de Daniel Rittner, da CNN em Brasília)

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