Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Grupo de senadores e deputados pede que Fed pare de subir juros nos EUA

    Em carta, democratas dizem que a turbulência recente no sistema bancário e os impactos tardios dos aumentos de juros anteriores do Fed deixam a "economia ainda mais vulnerável à uma reação exagerada do Fed"

    Matheus Andrade, do Estadão Conteúdo

    Um grupo de dez senadores e deputados democratas dos Estados Unidos pede que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) “respeite a dualidade” de seu mandato na reunião desta semana, interrompendo seus aumentos de juros e evite assim “criar uma recessão que destrua empregos e esmague pequenos negócios”.

    Em uma carta endereçada ao presidente do Fed, Jerome Powell, o grupo diz que a turbulência recente no sistema bancário após as falências do Silicon Valley Bank e do Signature Bank e os impactos tardios dos aumentos de juros anteriores do Fed deixam a “economia ainda mais vulnerável à uma reação exagerada do Fed”.

    “Dados econômicos recentes também sugerem que aumentos adicionais de juros são desnecessários. Desde o pico em junho de 2022, o Índice de Preços ao Consumidor ano a ano caiu por nove meses consecutivos, para o nível mais baixo em quase dois anos”, afirmam ainda os congressistas.

    “Enquanto o Fed deve permanecer flexível aos dados recebidos enquanto avalia o progresso da economia em direção alcançar uma inflação mais baixa, as evidências até o momento sugerem que o progresso pode continuar a ser feito sem pisar no freio da economia e custar milhões de americanos seus empregos”, aponta a publicação.

    “Embora não questionemos a independência política do Fed, acreditamos que continuar aumentando taxas de juros seria um abandono do duplo mandato do Fed para atingir o máximo emprego e estabilidade de preços, e mostra pouca consideração pelas pequenas empresas e trabalhadores que ficarão presas nos destroços”, conclui o documento.

    Dentre os signatários da carta, estão os senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren.

    Tópicos