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    Empréstimos fracos e dados de inflação podem levar à alta menor nos juros do BCE

    Núcleo da inflação na zona do euro desacelerou em abril pela primeira vez desde janeiro de 2022. embora tenha permanecido em elevados 7,3%

    Por Francesco Canepa e Balazs Koranyi, da Reuters

    Os bancos da zona do euro estão restringindo o fornecimento de crédito e um importante indicador da inflação finalmente desacelerou, mostraram dados nesta terça-feira, reforçando o argumento para uma menor alta nos juros do Banco Central Europeu (BCE) ainda esta semana.

    O núcleo da inflação na zona do euro, uma medida observada de perto que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, desacelerou em abril pela primeira vez desde janeiro de 2022, embora tenha permanecido em elevados 7,3%, mostrou a leitura preliminar do Eurostat.

    E uma pesquisa do BCE sobre os dados de empréstimos de março revelou que os bancos estão restringindo o acesso ao crédito, mesmo com o colapso da demanda dos mutuários, resultando no ritmo mais lento de crescimento do crédito para as famílias desde 2018.

    Os dados desta terça-feira (2) indicaram que o aumento mais acentuado nos custos de empréstimos na história do BCE está começando a afetar a economia.

    Isso pode permitir que o BCE siga o Federal Reserve em elevar os juros em apenas 0,25 ponto percentual após uma série de altas maiores, e continuar a diminuir gradualmente suas medidas de estímulo da era da crise — um processo conhecido como aperto quantitativo (QT).

    O BCE está na difícil situação de ter que causar mais impacto financeiro às famílias e empresas para trazer a inflação de volta à sua meta de 2%, ante 7% em abril.

    No entanto, os efeitos dos últimos aumentos de juros do BCE — no valor de 350 pontos-base desde julho de 2022 — estavam começando a se tornar visíveis.

    A Pesquisa de Empréstimos Bancários (BLS) do BCE para o primeiro trimestre mostrou que 38% dos bancos nos 20 países que compartilham o euro relataram um declínio na demanda por crédito de empresas nos primeiros três meses deste ano, a maior proporção desde a crise financeira global de entre 2008 e 2009.

    “O nível geral dos juros foi relatado como o principal impulsionador da redução da demanda por empréstimos, em um ambiente de aperto da política monetária”, disse o BCE.

    E os bancos estavam tornando mais difícil para as empresas inscritas obterem um empréstimo ou linha de crédito, com 27% líquidos de credores relatando padrões de crédito mais rígidos.

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