Governo espera instalar mesa de negociação sobre trabalho por aplicativo em maio
Secretário de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, é um dos principais nomes à frente da articulação
A equipe do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que está à frente das negociações em torno da regulamentação de trabalho por aplicativos promete que a mesa de discussão sobre o assunto será instalada em maio, segundo fontes do governo ouvidas pela CNN.
Um dos principais nomes à frente dessa articulação é o secretário de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, que esteve na Espanha na última semana com o intuito, entre outros compromissos, de discutir o assunto.
Carvalho tem dito a interlocutores que rumores de que a regulamentação seria adiada para 2024 são mentirosos e que o governo calcula instalar a mesa de negociação já a partir de maio.
Além disso, fontes ouvidas pela CNN dizem que as discussões na Espanha foram proveitosas e que o governo deve usá-las para embasar as tratativas no Brasil.
A CNN apurou junto a representantes de sindicalistas e das empresas envolvidas que não houve nenhuma comunicação oficial por parte do governo sobre um possível adiamento da criação da comissão tripartite. Alguns representantes receberam recados do secretário nesta semana, garantindo que a instalação se daria em maio.
Carvalho disse a um dos interlocutores com quem falou, inclusive, que estaria disponível para discutir o assunto a partir desta semana, quando estará de volta ao Brasil após a passagem pela Espanha.
A paralisia na discussão dos assuntos tem desanimado tanto os representantes das plataformas digitais, quanto os trabalhadores e representantes sindicalistas, segundo fontes ouvidas pela CNN de ambas as partes.
Não à toa, nas últimas semanas, esses representantes se movimentaram para apoiar iniciativas do Congresso para regulamentar o assunto. Algumas empresas passaram a apoiar um projeto de lei complementar do senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição ao governo Lula. Representantes de entregadores, por outro lado, endossaram um projeto de lei do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE).