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    Pietro Mendes é eleito presidente do conselho da Petrobras

    Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do governo federal foi eleito apesar de um potencial conflito de interesse apontado quando seu nome foi avaliado em órgãos da Petrobras

    da Reuters

    A assembleia de acionistas da Petrobras elegeu nesta quinta-feira (27) Pietro Mendes como novo presidente do Conselho de Administração da empresa, além de eleger outros sete membros do colegiado.

    Mendes, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do governo federal, foi eleito apesar de um potencial conflito de interesse apontado quando seu nome foi avaliado em órgãos da Petrobras, por ele ser integrante do Ministério de Minas e Energia.

    Efrain Mendes e Sergio Rezende, outros dois indicados pela União que foram eleitos, também tinham sido considerados inapropriados para compor o colegiado da empresa, pelo atual conselho e por comitê interno da empresa.

    Também foram eleitos nesta quinta-feira os indicados pela União Jean Paul Prates, Vitor Saback e Bruno Moretti.

    Os minoritários, por sua vez, reelegeram os representantes José João Abdalla Filho e Marcelo Gasparino.

    Durante a reunião de acionistas virtual, o presidente da mesa da assembleia, o ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Francisco Costa e Silva, pontuou que “cabe o acionista responsável pelas indicações o acolhimento ou não” das avaliações feitas pelo conselho e pelo comitê.

    “A assembleia é soberana para decidir se serão eleitas ou não essas pessoas”, disse o presidente da mesa, que ponderou em certo momento ainda que isso não afasta a responsabilidade dos acionistas sobre suas decisões, e que os votos devem ocorrer em função do interesse da companhia.

    Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que a eleição dos novos conselheiros é uma decisão soberana dos acionistas que deve ser comemorada, pois elege uma nova composição que vai garantir equilíbrio à Petrobras.

    Para Silveira, a empresa deverá retomar seu papel social previsto na Constituição Federal de 1988, respeitando a governança e a autonomia da empresa, bem como trazer retornos dos investimentos de maneira sólida, uma vez que se encerrou o ciclo de desmonte da empresa para privatização empreendido pelo governo passado.

    O ministro ressalta ainda que o parecer da consultoria jurídica do Ministério de Minas e Energia, órgão integrante da Advocacia Geral da União, foi fundamental para dirimir qualquer óbice jurídico e reforçar a total legalidade das indicações apresentadas pelo Governo.

    Segundo o Alexandre Silveira, todos os indicados possuem reconhecida competência e a experiência necessária para exercer as funções para as quais foram eleitos, incluindo servidores de carreira e, inclusive, uma delegada federal, o que permitirá um olhar estratégico, íntegro e técnico, para o fortalecimento da Petrobras, garantindo o retorno dos investimentos na empresa.

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