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    Lula fala a empresários em Portugal, militares criticam possível extinção do GSI e mais de 24 de abril

    “No Brasil, não vamos vender empresas públicas. O que queremos é convidar os empresários a fazerem parcerias conosco naquilo que a gente precisa criar de novo”, disse presidente em fórum com empresários

    CNN

    O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um fórum com empresários em Portugal e as críticas de militares sobre uma eventual extinção do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estão entre os destaques desta segunda-feira (24).

    Em Portugal, Lula volta a criticar privatizações: “Patrimônio ficou menor e serviço não melhorou”

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender estatais e criticar privatizações durante discurso que realizou, nesta segunda-feira (24), em um fórum com empresários portugueses e brasileiros, na cidade do Porto, em Portugal.

    “No Brasil, não vamos vender empresas públicas. O que queremos é convidar os empresários a fazerem parcerias conosco naquilo que a gente precisa criar de novo”, disse o petista.

    “Nos últimos seis anos, se vendeu muito patrimônio público. Não para construir outro patrimônio ou outro ativo. Se vendeu para simplesmente pagar juros da dívida pública. Nos desfizemos do nosso patrimônio, nosso patrimônio ficou menor e a qualidade do serviço não melhorou”, acrescentou.

    Em sua fala, ele também aproveitou para voltar a criticar a taxa básica de juros.

    “Nós temos um problema no Brasil que a nossa taxa de juros é muito alta. A nossa taxa Selic está 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%. Um país capitalista precisa de dinheiro e esse dinheiro precisa circular. Não apenas na mão de poucos, mas na mão de todos. A solução para o Brasil é voltar a colocar o pobre no orçamento”, afirmou.

    Militares criticam eventual extinção do GSI e defendem nome legalista para a pasta

    A eventual extinção do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), estudada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem causado desconforto nas Forças Armadas.

    A avaliação feita à CNN, e transmitida ao Palácio do Planalto, é de que o fim da pasta criaria um desgaste desnecessário em uma relação já conturbada entre a cúpula militar e o governo petista.

    A defesa é de que, em vez de acabar com a estrutura que historicamente é comandada por militares, seja colocada à frente da pasta um general legalista, perfil semelhante ao do atual comandante do Exército, general Tomás Paiva.

    O diagnóstico é de que, em uma instituição que preza pelo respeito à hierarquia, apenas um militar teria condições de fazer mudanças na pasta, retirando militares bolsonaristas, e escalando nomes moderados.

    O fim da pasta ministerial, na avaliação de militares, pode criar um sentimento revanchista, com potencial de acirrar ainda mais os ânimos no país.

    GSI libera novas imagens além das divulgadas pela CNN em primeira mão

    O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) tornou públicas, neste sábado (22) e domingo (23), novas imagens internas de câmeras de segurança que flagraram o ataque do dia 8 de janeiro, em Brasília. Ao todo, foram disponibilizados mais de 400 arquivos de gravações.

    Tudo isso vem depois de um pedido do ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ao GSI. No dia 19 de abril, a CNN divulgou, em primeira mão, imagens que mostravam o então ministro do GSI, Gonçalves Dias — G Dias como é conhecido — com militares do gabinete em meio à ação dos invasores.

    O novo material, que movimentou o final de semana, mostra ainda o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparecendo nessas gravações, quando chegou ao Palácio do Planalto depois dos ataques. As imagens apresentam ele chegando ao gabinete presidencial e, aparentemente irritado, vê os estragos no local.

    CPI pode atrasar novo marco fiscal, reforma tributária e esvaziar importância de outras comissões

    A instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos criminosos de 8 de janeiro pode atrasar as análises e votações do novo marco fiscal e da reforma tributária. Pode, ainda, esvaziar a importância de outros colegiados no Congresso Nacional.

    As duas pautas econômicas são as principais matérias de interesse do Planalto perante os parlamentares no momento.

    O governo encaminhou o projeto de lei do novo marco fiscal ao Parlamento nesta última semana. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a intenção é votar o texto direto em plenário, sem que passe por comissões, até 10 de maio.

    Países seguem com retirada de pessoas do Sudão em meio a conflitos

    Potências estrangeiras resgataram funcionários de embaixadas e cidadãos durante os combates do Sudão, mesmo quando muitos sudaneses estão presos em condições de deterioração.

    Reino Unido disse que conseguiu retirar sua equipe diplomática do país neste domingo (23), com vários outros países europeus tentando fazer o mesmo.

    As forças especiais dos Estados Unidos ajudaram a trazer quase 100 pessoas – a maioria funcionários da embaixada, bem como um pequeno número de profissionais diplomáticos de outros países – para um local seguro no sábado, disseram autoridades.

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    * Publicado por Léo Lopes

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