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    Reguladores dos EUA propõem fortalecer supervisão de áreas não bancárias do setor financeiro

    Mudanças propostas acontecem cerca de um mês após turbulências no sistema bancário

    André Marinho, do Estadão Conteúdo

    O Conselho de Estabilidade Financeira (FOSC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos revelou, nesta sexta-feira (21), uma proposta para fortalecer os instrumentos de supervisão das áreas não bancárias do setor financeiro.

    O pacote regulatório foi aprovado de forma unânime pelos integrantes do Conselho e será submetido à consulta pública por 60 dias.

    A reforma busca alterar um conjunto de normas estabelecidas em 2019 que dificultaram a classificação dessas empresas, além de ampliar a transparência sobre os trabalhos do Conselho.

    Antes da votação, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou que as regras atuais estendem para até seis anos prazo para que os reguladores consigam responder a riscos. “Esse é um cronograma irreal que pode impedir o Conselho de agir para lidar com um risco emergente à estabilidade financeira antes que seja tarde demais”, disse.

    As mudanças propostas acontecem cerca de um mês após reguladores americanos acalmarem o mercado com medidas que estabilizaram turbulências no sistema bancário.

    O episódio abriu uma série de questionamentos sobre a capacidade de reação a vulnerabilidades financeiras fora dos bancos, que estão sujeitos a legislações menos rígidas.

    “A autoridade para intervenções de emergência é crítica. Mas igualmente importante é um regime de supervisão e regulamentação que possa ajudar a evitar que as perturbações financeiras comecem e se espalhem em primeiro lugar”, afirmou Yellen, que reiterou a resiliência dos bancos, mas assegurou que o governo segue “vigilante”.

    O presidente do Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês), Jerome Powell, que também integra o Conselho, apoiou a proposta e ressaltou que uma única solução não é capaz de responder a todos os riscos ao setor financeiro.

    “É adequado ao Conselho regularmente avaliar seu conjunto de instrumentos e considerar como melhor usar ao nosso completa variedade de ferramentas para responder a riscos”, disse.