Heloisa Buarque de Hollanda é eleita imortal da Academia Brasileira de Letras
Professora irá assumir a cadeira que era ocupada por Nélida Piñon, que morreu em dezembro do ano passado
Heloisa Buarque de Hollanda, que foi professora na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi eleita para a cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras nesta quinta-feira (20).
A votação aconteceu pela primeira vez por meio de urnas eletrônicas, que foram emprestadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro. Ela conquistou 34 de 38 votos.
Com a morte da acadêmica Nélida Piñon, a primeira presidente mulher da ABL, em dezembro de 2022, a vaga ficou aberta. A professora ocupará a cadeira que foi dela.
Aos 83 anos, Heloísa é ensaísta, crítica literária, editora e antologista. Estudiosa das áreas de feminismo, literatura brasileira, políticas culturais e periferia, ela tem um vasto currículo.
Formada em Letras pela PUC-Rio, tem mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na UFRJ, além do pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Ela também é coordenadora do Laboratório de Tecnologias, um projeto chamado Universidade das Quebradas.
Merval Pereira, presidente da Academia Brasileira de Letras elogiou e destacou pontos fundamentais da atuação da acadêmica de Heloisa.
“Heloisa é uma intelectual que há muito tempo estuda questões específicas da literatura brasileira, de jovens e de periferias. Ela se destacou como professora e estudiosa no trabalho de divulgação e análise dessas literaturas de cadernos de mimeógrafos, panfletos, distribuídos nas ruas. Descobriu neste veio importância cultural, lançou vários poetas importantes. Marcou presença na cultura brasileira e, por isso, está aqui”, disse ela.