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    Petróleo recua mais de 2%, com perspectiva de mais aperto monetário e temores de recessão

    petróleo WTI para junho fechou em queda de 2,36% (US$ 1,87), a US$ 77,37 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex)

    Laís Adriana, do Estadão Conteúdo

    O petróleo fechou em queda de mais de 2%, estendendo as perdas acumuladas na semana em meio à cautela nos mercados renovada pela perspectiva de mais aperto monetário na zona do euro e nos EUA, que reacendem os temores de recessão.

    O petróleo WTI para junho fechou em queda de 2,36% (US$ 1,87), a US$ 77,37 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 2,43% (US$ 2,02), a US$ 81,10 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    O avanço acima do esperado nos pedidos de auxílio-desemprego dos EUA e novas falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) sinalizando que o aperto monetário no país ainda não chegou ao fim se somaram às indicações no mesmo sentido dadas pela ata da reunião mais recente do Banco Central Europeu (BCE), divulgada nesta manhã, no que se refere à zona do euro.

    O quadro, potencializado por alguns balanços corporativos aquém do esperado, desencadeou uma onda vendedora nos mercados, que atingiu também as commodities.

    Analista da Oanda, Edward Moya avalia que o petróleo foi “massacrado” diante dos cenários desapontadores aliados a preocupações de que a demanda da China pode não ser tão robusta quanto o previsto.

    “A China ainda pode precisar relaxar e, até que isso aconteça, os investidores podem não estar totalmente otimistas sobre as perspectivas para o país”, observa.

    Em relatório, o Danske Bank aponta que a tendência de baixa nos preços da commodity também pode ser efeito de novas vendas das reservas estratégicas (SPR) dos EUA. Além disso, o banco analisa que os preços teriam que cair ainda mais para gerar uma resposta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), por exemplo, através de novo corte na produção.

    “Acreditamos que o cartel gostaria de ver o efeito de seu corte recentemente anunciado antes de reduzir ainda mais a produção”, conclui o Danske Bank.

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