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    Possível instalação de CPMI pode atrasar análise do novo marco fiscal

    Vídeos do 8 de janeiro revelados pela CNN tornaram instalação da CPMI “irreversível”, avaliam líderes do Congresso

    Tainá FarfanGabriel Hirabahasida CNN em Brasília

    As imagens reveladas pela CNN tornaram “irreversível” a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar o que aconteceu no dia 8 de janeiro, avaliam líderes partidários no Congresso Nacional.

    Mas além da concretização de uma CPMI refutada pelo governo por meses, o Palácio do Planalto já tem mais uma preocupação no Congresso: o andamento de pautas consideradas vitais para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como o novo marco fiscal e a reforma tributária.

    Diante do ocorrido, parlamentares próximos ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmam que o prazo dado pelo presidente da Câmara para aprovação do arcabouço fiscal na Casa não deve ser cumprido. “Fica muito arriscado garantir o prazo de 10 de maio”, disse um líder em reservado.

    A crise instalada no governo, que levou à queda do general Gonçalves Dias do cago de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), mudou a rota do Congresso Nacional nesta quarta-feira (19).

    Parlamentares que não iriam apoiar o pedido de abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito começaram a assinar o requerimento. A avaliação de parlamentares de direita, centro e esquerda é que não há mais como “fugir”: o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deverá ler o requerimento e autorizar a instalação da CPMI na próxima sessão do Congresso Nacional, o que está previsto para acontecer na próxima semana.

    A provável abertura da CPMI, inevitavelmente, prejudica o holofote das pautas econômicas consideradas essenciais para o Planalto.

    Parlamentares que têm estado à frente das discussões no grupo de trabalho da reforma tributária foram pegos de surpresa com o anúncio do governo e do PT de que aceitariam a instalação da CPMI do 8 de janeiro.

    Ao serem questionados pela CNN sobre a mudança de posição do governo sobre a CPMI, esses deputados disseram que não tinham notícia do caso e se mostraram contrariados.

    Reservadamente, afirmaram que os trabalhos da CPMI devem atrapalhar o andamento de toda a pauta econômica, inclusive da reforma tributária. Inicialmente, o calendário da cúpula da comissão era de votação do texto no início de junho.