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    Lula não pretende anunciar neste momento substituto de general no GSI

    Segundo assessores do governo, a ideia é que, neste momento, assuma de maneira temporária o secretário-executivo da pasta, que foi nomeado após o 08 de janeiro

    Gustavo Uribe

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve anunciar neste momento um nome para substituir o general Gonçalves Dias no comando do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

    O militar pediu demissão do cargo após a CNN revelar que ele estava na sede da presidência no dia de 8 de janeiro durante a invasão das sedes dos Três Poderes.

    Até segunda ordem, segundo assessores do governo, o general Ricardo José Nigri, número dois do GSI, deve ficar interinamente no cargo.

    Nigri assumiu a secretaria-executiva após a invasão de janeiro, em uma espécie de reação do governo petista contra o que considerou a leniência da pasta diante do episódio criminoso.

    O fato de o então ministro ter utilizado um atestado médico, negando-se a dar explicações na Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, irritou a cúpula do Palácio Planalto.

    A avaliação era de que a presença do ministro poderia arrefecer a crise política, já que ele foi o responsável por trancar o gabinete presidencial, no dia 8 de janeiro, para que o grupo de vândalos não invadisse a sala.

    O diagnóstico é de que, diante do quadro atual, havia se tornado insustentável a permanência do general no cargo.

    Até o início da tarde desta quarta-feira, o cálculo político era de que se valeria a pena o presidente manter o ministro até a primeira reforma ministerial, programada para o final do ano, e correr o risco de estimular a criação da CPMI dos atos de 8 de janeiro.

    Ao fazer a troca neste momento, a expectativa é que diminua a pressão junto ao Congresso Nacional. Por outro lado, segundo as fontes palacianas, Lula poderá se indispor com as Forças Armadas, que defendiam a permanência do general no posto.

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