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    Wall Street fecha com índices mistos, com balanços de bancos em contraposição ao quadro incerto de juros

    Embora o início da temporada de balanços tenha sido favorável às ações, investidores acompanharão de perto as atualizações de pesos pesados do mercado

    Setores de serviços de comunicação, materiais e tecnologia estavam entre os principais declínios do S&P 500
    Setores de serviços de comunicação, materiais e tecnologia estavam entre os principais declínios do S&P 500 REUTERS/Andrew Kelly

    da Reuters

    As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta quarta-feira (19), à medida que investidores contrapuseram balanços resilientes de bancos americanos com as perspectivas de contínuo aumentos de juros nos Estados Unidos.

    No fechamento, o Dow Jones caiu 0,23%, a 33.897,01 pontos; o S&P 500 cedeu 0,01%, a 4.154,52 pontos; o Nasdaq avançou 0,03%, a 12.157,23 pontos.

    O índice VIX, espécie de termômetro de volatilidade em Wall Street, perdeu 2,44%, a 16,42 pontos, tendo atingido menor nível desde novembro de 2021.

    A ação do Western Alliance saltou 24,15%, após o banco americano informar um avanço dos depósitos no começo de abril. O resultado atenua as preocupações em relação à saúde da instituição financeira, uma das principais vítimas das recentes pressões de liquidez no setor. Na esteira, PacWest ganhou 13,18% e First Republic Bank avançou 12,56%.

    Morgan Stanley, por sua vez, subiu 0,67%, ainda que a empresa tenha revelado queda no l lucro e nas receitas no primeiro trimestre. Já Netflix recuou 3,17%, um dia após a companhia apontar forte queda no número de assinantes.

    Os sinais de arrefecimento das tensões no sistema bancário mitigaram parte do impacto negativo das incertezas sobre juros. A inflação ao consumidor no Reino Unido resiliente, divulgada nesta manhã, impulsionou títulos públicos em economias desenvolvidas, o que manteve um resquício de cautela nas mesas de operações.

    À tarde, o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sinalizou incertezas em relação ao quadro econômico.

    “A inflação continua sendo uma grande preocupação para os bancos centrais e dados recentes destacam o quão longe ainda está por vir, algo que os formuladores de políticas esperam que mude muito em breve”, afirma o analista Craig Erlam, da Oanda.

    Nos EUA, o mercado reduziu as apostas por relaxamento monetário do Fed este ano, diante das evidências de que a maior economia do planeta segue resiliente, conforme mostra monitoramento do CME Group.