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    Delúbio Soares diz que trabalhará pela reeleição de Lula em 2026

    Ex-tesoureiro do PT está viajando pelo país realizando rodas de conversas com a base do PT

    Douglas PortoJulliana Lopesda CNN* , em São Paulo e Brasília

    O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Delúbio Soares declarou, em um evento em Brasília, no fim de março, que trabalhará pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026.

    “Vou trabalhar daqui até primeiro domingo de outubro de 2026 pela reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, para dar continuidade ao governo”, disse Delúbio.

    Conforme sua assessoria, ele está viajando pelo país realizando rodas de conversas com a base do PT. Já esteve em Brasília, Porto Alegre e em São Paulo. Ainda afirmam que como “militante” ele está afastado de Lula.

    “Quero falar com as pessoas. Vou a todos os lugares. Cidades médias, cidades pequenas. Tenho tempo agora”, expressou na ocasião.

    Delúbio foi condenado a seis anos e oito meses de prisão no processo do Mensalão. Ele cumpriu dois anos e três meses de sua pena e estava em regime aberto quando recebeu o perdão da pena do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2016.

    Em 2005, no auge do Mensalão, ele foi expulso do partido. À época, o Conselho de Ética do PT disse que “ao receber incumbências para executar tarefas políticas importantes, extrapolou, com suas atividades individuais, as deliberações adotadas pela direção nacional, expondo o partido a uma crise política”. Entretanto, em 2011 ele retornou à legenda.

    “Não tenho rancor, não tenho raiva. Acharam que me expulsando, dando minha carne aos leões, os leões sossegavam”, expôs sobre o caso.

    Outra condenação ainda marcaria Delúbio: a do ex-juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato em 2017. Ele foi denunciado na 27ª fase da operação, deflagrada após suspeita de fraude em um empréstimo de R$ 12,2 milhões do Banco Schahin ao empresário José Carlos Bumlai, quitado em 2009.

    De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), trataria-se de uma movimentação financeira destinada não para a compra do frigorífico Bertin, mas para repasses ilegais relacionados a um contrato da Petrobras com o grupo Schahin.

    Junto com outros quatro réus — como o empresário de Santo André Ronan Maria Pinto — foi condenado a cinco anos de prisão. O ex-tesoureiro ficou dois anos no sistema carcerário.

    Em março desse ano, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Ribeiro Dantas concedeu uma liminar na qual considera a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para julgar o processo da Lava Jato contra Delúbio.

    Na prática, a decisão anula a condenação por lavagem de dinheiro e remete o caso para apreciação da Justiça Eleitoral.

    O advogado Pedro Paulo de Medeiros alegou em habeas corpus que a Vara Federal de Curitiba não teria competência para julgar o caso. Em 2021, a defesa de Delúbio já havia obtido a anulação e arquivamento de outra ação penal relativa à Lava Jato.

    “Com essa decisão, Delúbio não ostenta mais qualquer condenação criminal ou antecedente negativo”, afirma Medeiros.

    (*Com informações da Agência Brasil)

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