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    Choque séptico: entenda o que é, quais são as causas e riscos

    Infecção de origem da sepse pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    Choque séptico é o nome mais comum da sepse, a infecção generalizada pode se espalhar rapidamente e provocar impactos nocivos em diversos órgãos. O problema leva à morte de cerca de 11 milhões de pessoas a cada ano no mundo.

    A fisiculturista gaúcha Cíntia Goldani morreu nesta quarta-feira (26), aos 37 anos. Segundo Gustavo Cesar, namorado da atleta, ela morreu por choque séptico, sepse pulmonar e pneumonia bacteriana.

    O choque séptico já ocorreu também com a atriz e cantora Preta Gil, quando tratava o câncer no intestino. “Eu passei por uma septicemia, por um choque séptico, causado por uma bactéria que entrou no meu organismo. Existem algumas possibilidades para que essa bactéria tenha entrado no meu organismo. A mais latente, a que os médicos acham que pode ter sido, foi através do meu cateter, que eu fazia quimioterapia. Eles acham que pode ter sido por ali”, disse a Preta na época.

    A Sociedade Brasileira de Infectologia estima que a sepse é a principal causa de óbitos dentro dos hospitais, com cerca de 670 mil casos em adultos por ano e 240 mil óbitos.

    O que é choque séptico?

    Com o objetivo de combater a infecção, o organismo provoca mudanças na temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, contagem de células brancas do sangue e na respiração. Sem o tratamento adequado, pode haver parada cardíaca e falência múltipla dos órgãos levando à morte.

    A sepse pode afetar qualquer órgão, sendo comum em pacientes internados em hospitais. Medidas de higiene e cuidados básicos de saúde contribuem para prevenir a condição. De acordo com o Ministério da Saúde, o risco pode ser diminuído, principalmente em crianças, quando pais ou responsáveis seguem o calendário de vacinação.

    A infecção de origem da sepse pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários, mas os focos mais comumente relacionados à sepse são a pneumonia, a infecção urinária e a infecção abdominal.

    Como a doença pode se espalhar rapidamente pelo organismo, as primeiras horas de tratamento são consideradas cruciais para o controle. O Ministério da Saúde orienta que os pacientes devem receber medicamentos antimicrobianos – a chamada antibioticoterapia, o mais rápido possível. Para tentar identificar o agente causador da doença, devem ser coletadas amostras de sangue e de locais com suspeita de infecção.

    Fatores de risco

    Qualquer pessoa pode desenvolver sepse. No entanto, a doença pode ser mais grave para grupos considerados risco, como os bebês prematuros e crianças abaixo de um ano, idosos acima de 65 anos, pacientes com câncer, Aids ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo.

    Também estão em risco aumentado de complicações pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca ou renal e diabetes, usuários de álcool e drogas e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas, além de transplantados.

    Sintomas e diagnóstico

    A sepse pode se apresentar de diversas maneiras e com sintomas que estão associados ao mau funcionamento de diferentes partes do corpo.

    Sinais como febre muito alta, aumento da frequência cardíaca, respiração acelerada ou sintomas como confusão, agitação, alteração do nível de consciência, dificuldades para respirar, diminuição da quantidade de urina e pressão baixa são indicativos de que um paciente pode apresentar um quadro de infecção generalizada.

    O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de disfunção de órgãos. Embora não haja exames específicos, podem ser realizados exames que permitem a identificação da causa de infecção, além de hemograma para a identificação do foco, radiografia de tórax e exames de urina.

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