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    Corredor italiano de 26 anos é morto por urso; autoridades pedem abate do animal

    Essa foi a primeira morte registrada oficialmente em um ataque de urso na história da Itália, de acordo com a ONG WWF Itália

    CNN

    Um corredor italiano de 26 anos foi morto por um urso enquanto fazia uma trilha na região de Trentino, no extremo norte da Itália.

    Em resposta, as autoridades locais determinaram o abate do animal responsável pelo ataque.

    Essa foi a primeira morte registrada oficialmente em um ataque de urso na história da Itália, de acordo com a ONG WWF Itália.

    O caso aconteceu na última quarta-feira (5), mas a autópsia confirmou a dinâmica do acidente somente nesta sexta (7), reportaram veículos da imprensa italiana, como La Stampa, Il Resto Del Carlino e Il Mattino.

    O ataque

    O jovem corredor Andrea Papi deixou sua casa na comuna italiana de Caldes por volta das 16h (horário local) da última quarta-feira para fazer uma trilha, informou o Il Resto Del Carlino.

    Ele chegou no topo da trilha d o Monte Peller por volta das 17h, quando gravou um curto vídeo e publicou em suas redes sociais. No retorno para casa, por volta das 18h, ele teve o encontro com um urso.

    Foi encontrado um pedaço de pau ensaguentado, com o qual Andrea teria ferido o urso ao tentar se defender. Ele tentou escapar por dentro da mata, mas não teve sucesso.

     

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    Por volta das 20h30, a família reportou o desaparecimento do corredor, e um grupo de mais de 100 pessoas de bombeiros e socorristas de resgate em montanhas começaram uma busca.

    Pouco antes das 3h da manhã da quinta-feira (8), seu corpo foi encontrado com arranhões e outros ferimentos.

    Uma perícia realizada por um legista, um veterinário e um especialista em DNA animal confirmaram que um urso matou Andrea.

    Autoridades pedem abate do animal

    Segundo a WWF Itália, a população de ursos na região italiana de Trentino é de cerca de 100 indivíduos. Nos últimos anos, ocorreram sete episódios do que chamam de “interação agressiva” entre ursos e pessoas, mas nunca havia sido relatada uma morte.

    Amostras de pelo de urso foram coletadas no corpo de Andrea e estão passando por testes de DNA para identificação de qual foi o urso que o matou.

     

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    O presidente da província de Trento, Maurizio Fugatti, conforme relatou o La Stampa, determinou o monitoramento da área pela Guarda Florestal para identificar o animal responsável pelo ataque e abatê-lo.

    Fugatti ainda pediu o abate de três outros ursos da região com histórico “problemático”. Por exemplo, um urso, identificado pelas autoridades como “MJ5”, que mordeu a cabeça e braço de um homem em março.

    A WWF afirmou que, tendo em conta a gravidade do episódio e a dinâmica, entende que deve ser aplicado o protocolo de abate do urso responsável pela morte do corredor. Mas a organização discorda das ordens de captura e abate para os outros animais.

    “A conservação da população de ursos nos alpes também depende do manejo correto de episódios desse tipo”, escreveu a ONG.

    “É importante reiterar, mesmo após esse evento, que os ursos normalmente temem os humanos e mantêm distância, tentando evitar encontros próximos”, acrescentou.

    (Publicado por Léo Lopes. Manoela Carlucci, da CNN, contribuiu para esta reportagem.)

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