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    Preços do petróleo fecham em alta e sustentam ganhos após corte na produção da Opep+

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio subiu 0,36% (US$ 0,29), a US$ 80,71 o barril

    Laís Adriana*, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros do petróleo operaram com volatilidade, encerrando a sessão em alta modesta, mas suficiente para estender ganhos fortes registrados na terça-feira (4) após notícia de corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio subiu 0,36% (US$ 0,29), a US$ 80,71 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve alta marginal de 0,01% (US$ 0,01), a US$ 84,94 o barril.

    Na sessão de segunda-feira (3), logo após o anúncio inesperado dos cortes de produção, o petróleo disparou mais de 6%. Na Nymex, o petróleo para maio subiu  6,28% (US$ 4,75), enquanto o Brent para junho teve ganho de 6,31% (US$ 5,04).

    O TD Securities avalia que a tendência de alta no petróleo se firmou nesta sessão, seguindo o corte surpresa da Opep+. No entanto, o banco alerta que o rali levanta preocupações sobre a inflação e riscos de recessão nos Estados Unidos novamente.

    O óleo chegou a perder fôlego e a inverter o sinal no final da manhã, após a divulgação do relatório de criação de empregos (Jolts) e das encomendas à indústria nos Estados Unidos reforçar expectativa de desaceleração na economia norte-americana.

    Para a Rystad Energy, a turbulência nos mercados financeiros e a volatilidade do preço do petróleo são indício de um caminho difícil pela frente, mesmo com sinais de redução nas pressões inflacionárias.

    Ainda nesta sessão, o governo do Iraque e autoridades curdas chegaram a um acordo para permitir a exportação de petróleo via oleoduto até o porto de Ceyhan, na Turquia. As companhias de petróleo locais que interromperam a produção nos últimos dias disseram que planejam reiniciar imediatamente as operações.

    O bloqueio havia impedido a produção e exportação de aproximadamente 500 mil barris por dia, devido a um impasse entre o governo iraquiano e autoridades curdas, ajudando a sustentar os preços da commodity.

    Em relatório, a S&P Global aponta que as sanções do governo Joe Biden ao Irã podem intensificar gargalos na oferta do petróleo, em meio ao aumento da demanda global e com o avanço dos preços em 2023, levando a uma “disputa nos mercados globais de energia”.

    “Essa combinação – diplomacia fracassada e mercados de petróleo mais apertado – levanta o espectro de um confronto militar”, alerta a agência.

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