Bolsas da Europa fecham mistas, após Opep+ e sinais da política monetária no radar
Índice DAX, em Frankfurt, subiu 0,14%, a 15.603,47 pontos e CAC 40, em Paris, perdeu 0,01%, a 7.344,96 pontos
Os mercados acionários da Europa fecharam na maioria em queda nesta terça-feira (4) com o arrefecimento dos efeitos da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre os papéis de petroleiras. Banqueiros centrais do continente, por sua vez, continuam reforçando a importância de continuidade do aperto monetário.
A CMC Markets destaca que as bolsas europeias lutaram para obter ganhos significativos hoje. Com relação ao FTSE 100, a consultoria destaca que o otimismo sobre a economia do Reino Unido ajudou a impulsionar os ganhos recentes da libra esterlina, o que “parece estar agindo como um empecilho no mercado mais amplo britânico, que caiu em território negativo, com recursos básicos, energia e industriais pressionando”.
Papéis da Anglo American (-1,64%); Antofagasta (-2,09%) e BP (-1,09%) caíram. Em Londres, o FTSE 100, perdeu 0,50% a 7.634,52 pontos.
Já o índice DAX, em Frankfurt, subiu 0,14%, a 15.603,47 pontos. O CAC 40, em Paris, perdeu 0,01%, a 7.344,96 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,56%, a 27.026,56 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,90%, a 9.239,95 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,32%, a 6.059,24 pontos.
No âmbito da política monetária, consumidores da zona do euro reduziram expectativas de inflação em fevereiro: para os próximos 12 meses, a expectativa de inflação recuou de 4,9% em janeiro para 4,6% em fevereiro, enquanto para o período de três anos, diminuiu de 2,5% para 2,4% na mesma comparação, mostrou a pesquisa mensal, que envolveu 14 mil adultos em seis dos maiores países da zona do euro.
Por outro lado, o membro do Banco Central Europeu Gabriel Makhlouf declarou que as taxas de juros precisarão ser mantidas a um nível restritivo para que a demanda seja contida.
Já o economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill afirmou nesta terça que o conselho do BoE sinalizou em discurso que seria mais dependente dos dados, “mas não necessariamente uma pausa, menos ainda um ponto de inflexão” na política monetária.
Investidores também monitoraram dados da zona do euro: Eurostat mostrou que a taxa anual de inflação ao produtor (PPI) do bloco desacelerou mais em fevereiro, a 13,2%, ficando abaixo das expectativas.