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    Saiba quem era a brasileira morta em Buenos Aires após cair do 6º andar

    Emmily Rodrigues Santos Gomes tinha 26 anos e morreu na última quinta-feira (30) em circunstâncias ainda não esclarecidas

    Vital Netoda CNN , Em São Paulo

    A brasileira que morreu sob circunstâncias não esclarecidas em Buenos Aires na última quinta-feira (30), Emmily Rodrigues Santos Gomes, de 26 anos, era modelo, sonhava em abrir um salão de beleza e em ser mãe.

    As informações são de Evelin Almeida, prima da jovem. Segundo Evelin, a família de Emmily está na capital argentina para acompanhar o caso. Para ela, a tese de suicídio não faz sentido, pois, na opinião dela, a prima “nunca tiraria a própria vida”.

    Segundo informações do jornal argentino “La Nación”, Emmily morreu ao cair do sexto andar de um prédio localizado na capital argentina. Ela estava acompanhada de um empresário, chamado Francisco Sáenz Valiente, de 52 anos, e de uma amiga, Juliana Magalhães Mourão, de 37.

    Segundo Evelin, sua prima nasceu e viveu toda a vida em Salvador, capital da Bahia. Ela teria se mudado para a Argentina com um namorado em 2019. O casal chegou a ficar noivo, mas o relacionamento não deu certo e eles terminaram. Depois do término, ela teria continuado em Buenos Aires por conta das oportunidades de trabalho.

    Antes de se mudar para o país vizinho, Emmily estaria cursando direito na capital baiana. O trabalho como modelo teria começado há cerca de três anos. Emmily tinha mais de 10 mil seguidores no Instagram. Além de modelo, a prima afirma que ela também trabalhava com festas e eventos.

    Evelin também conta que Emmily era muito calma e tinha um tom de voz muito baixo. A modelo gostava de ajudar as pessoas, se preocupava com a família e os amigos. Ela também gostava de se reunir com a família e queria voltar para Salvador para cuidar da avó idosa.

    A prima diz que Emmily era vaidosa e preocupada com a saúde: nunca teria usado drogas e só bebia socialmente. Ela conta ainda que era “exageradamente cuidadosa” com a aparência, usava diversos produtos de beleza, nunca estava sem maquiagem e sempre estava bem vestida.

    “Ela fazia todo mundo de fotógrafo. Era fotos e vídeos o tempo todo”, afirmou sobre Emmily.

    Evelin afirma que a tese de suicídio não faz sentido. Segundo ela, Emmily amava viver e tinha muitos planos. Ela desejava ser mãe antes dos 30, queria comprar um bom apartamento em Salvador e queria trabalhar com a imagem como modelo ou abrir um salão unisex de estética.

    “Ela se amava demais e planejava uma vida inteira, com muitos planos”, afirmou Evelin à CNN. “Jamais tiraria a própria vida.Queremos sim visibilidade, que falem a verdade e ajudem a tornar isso mais público para obter justiça.”

    Morte não esclarecida

    Além de afirmar que um possível suicídio não faz sentido, Evelin diz que um amigo de confiança da família fez a identificação de Emmily e que, segundo o relato dele, a jovem estaria com marcas no corpo que não seriam compatíveis com a queda.

    Evelin afirmou ainda que uma amiga de Emmily, Juliana Mourão, que estava no prédio no momento da morte da modelo, teria marcas de arranhões e mordidas e que Francisco Valiente também teria marcas no rosto. Ela também disse que testemunhas teriam ouvido gritos de socorro.

    Apesar das informações preliminares, Evelin não soube dar mais detalhes. Segundo contou à reportagem, os pais de Emmily chegaram à Argentina na sexta-feira (31) e, até o momento, não tiveram acesso à autópsia.

    A família está acompanhada de um advogado e tenta resolver os trâmites para trazer o corpo de volta para o Brasil, mas ainda não têm perspectivas de prazo.

    Emmily era filha única e sua mãe está arrasada com a perda. Segundo Evelin, a tia “não conseguiu comer, nem dormir, está com a voz fraca e disse que quase não tem forças”.

    Itamaraty diz estar acompanhando o caso

    O Ministério das Relações Exteriores informou ter conhecimento do caso e disse estar em contato, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires, “com as autoridades locais com vistas a apurar as circunstâncias do falecimento da nacional”.

    “O Consulado presta assistência consular aos familiares da nacional brasileira. Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito”, diz a nota.

    O Itamaraty também informa, citando a Lei de Acesso à Informação, que só repassará informações detalhadas sobre o caso “mediante autorização dos familiares diretos”.

     

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