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    Exército diz que vai punir militar da ativa que participar de atos pró-golpe de 1964

    Ministério da Defesa não comemorou o evento pela primeira vez em quatro anos 

    Douglas PortoBrenda Silvada CNN , em São Paulo e Brasília

    O Exército Brasileiro disse, nesta sexta-feira (31), que vai punir os militares da ativa que participarem de atos pró-golpe de 1964.

    A punição será aplicada após comprovação em processo administrativo, sendo respeitado o direito de defesa.

    Pela primeira vez em quatro anos o Ministério da Defesa não comemorou o evento. Por decisão do comandante do Exército, general Tomás Paiva, com anuência do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, não foi publicada a ordem do dia para ser lida em batalhões e quartéis.

    Nos últimos quatro anos, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), a ordem do dia era emitida com elogios à ruptura democrática no país.

    O fim da comemoração do golpe militar já era discutido desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas foi reforçado após os episódios criminosos no dia 8 de janeiro.

    Entretanto, os clubes Naval, Militar e Aeronáutico celebraram a ocasião. Em carta conjunta, afirmaram que não “poderiam deixar de estar alinhados com as Forças Armadas, às quais se vinculam compromissos e ideais para que o 31 de Março de 1964 permaneça vivo na história, somente onde seu legado de pacificação e desenvolvimento do Brasil possa ser compreendido”.

    Dizem ainda que como “entidades representativas de uma classe profissional que simplesmente não pode existir alheada da pátria, continuarão a propugnar pelas importantes causas do Movimento Cívico-Militar de 31 de Março de 1964, comuns a todos os brasileiros: defesa da soberania nacional, combate à corrupção, desenvolvimento do país e garantia da democracia”.

    Veja a nota do Exército na íntegra: 

    “O Centro de Comunicação Social do Exército esclarece que não há comemoração ou ato oficial relativo ao ’31 de março de 1964′ no âmbito da Força Terrestre. Um eventual descumprimento de ordem, caso ocorra, após comprovado em processo administrativo e respeitados os direitos do contraditório e ampla defesa, estará sujeito às sanções previstas no Regulamento Disciplinar do Exército (RDE)”.

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