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    Para impulsionar exportações agrícolas, Argentina planeja novo “dólar soja”

    Endividado, o país sul-americano precisa desesperadamente de moeda estrangeira para reabastecer as reservas esgotadas

    Por Walter Bianchi, da Reuters

    O governo da Argentina está planejando uma nova taxa de câmbio preferencial, o “dólar da soja”, para as exportações agrícolas, disse um porta-voz do governo nesta quinta-feira (30), enquanto um dos maiores produtores de grãos do mundo procura estimular os embarques após uma forte seca que atingiu as lavouras.

    De acordo com o plano, divulgado inicialmente pela mídia local citando o ministro da Economia, Sergio Massa, a taxa preferencial entraria em vigor em abril, com outras taxas preferenciais para setores-alvo nos próximos meses.

    A cotação do dólar da soja foi utilizada duas vezes no ano passado para estimular as vendas.

    “É um programa de incentivo às exportações que visa facilitar a capacidade e o cumprimento dos contratos de nossos exportadores no ano da seca, entendendo as dificuldades que nossos produtores sofreram”, disse Massa à mídia argentina em Washington.

    A Argentina, maior exportadora mundial de óleo e farelo de soja processado, foi atingida por uma de suas piores secas da história, da qual suas produções principalmente de soja e milho foram duramente atingidas, prejudicando a receita em dólares.

    O endividado país sul-americano precisa desesperadamente de moeda estrangeira para reabastecer as reservas esgotadas e garantir que possa cumprir as obrigações de pagamento e cobrir suas dívidas com os credores e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

    A Argentina tem rígidos controles de capital que restringem o acesso a dólares e que criaram populares mercados de câmbio paralelos, onde os dólares são negociados ao dobro da taxa oficial.

    O chamado dólar da soja deve estimular agricultores e exportadores a embarcar seus grãos.

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