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    Candidato apoiado pelo bolsonarismo parte de dois dígitos, diz Boulos sobre eleições à CNN

    Em entrevista, o deputado federal falou também sobre a possibilidade de Bolsonaro liderar a oposição ao governo Lula

    Elis Francoda CNNSalma Freuacolaboração para a CNN

    O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) disse, em entrevista à CNN nesta quinta-feira (30), que um eventual candidato apoiado pelo bolsonarismo já começa com pelo menos 10% das intenções de voto do eleitorado. Ele se refere às eleições municipais, que acontecem no ano que vem.

    Para o parlamentar, isso aconteceria mesmo em uma cidade como São Paulo, que votou majoritariamente no então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência da República. “É inegável que o Bolsonaro tem um cabo eleitoral. Ele tem uma base eleitoral no país”, avaliou.

    Ainda assim, o político acredita que não se deve superdimensionar a influência do ex-presidente nas próximas eleições. “Primeiro porque Bolsonaro não é mais o presidente da República. Ele não tem mais aquela máquina, aquela visibilidade”, explicou, e ainda acrescentou um segundo ponto: “Nas eleições de 2020, Bolsonaro era presidente da República e o campo bolsonarista não teve um grande sucesso, sobretudo se a gente considerar as maiores cidades brasileiras”.

    “Então acho que há influência, o espectro ainda tem a sua força, mas também não se pode mistificar e sobredimensionar essa influência”, concluiu.

    Quanto a possibilidade do ex-mandatário liderar a oposição no governo Lula, o deputado argumenta que Bolsonaro perdeu espaço. “Certamente ele é relevante na oposição pela votação que teve, por ter sido presidente da República, mas eu acho que a credibilidade de Bolsonaro, inclusive para liderar a oposição, está em franco declínio”, disse.

    “Quando ele diz que não quer ser o líder da oposição, eu acho que reflete um pouco essa perda de credibilidade, de espaço político, mas também reflete uma outra coisa que precisamos ter em mente quando se discute o papel do Bolsonaro, que é a encrenca judicial do Bolsonaro”, avaliou.

    O parlamentar se refere à declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nessa quarta-feira (29), à CNN, no Aeroporto de Orlando, nos Estados Unidos, antes de embarcar de volta ao Brasil. Ele disse em entrevista exclusiva que não iria liderar nenhuma oposição ao governo do presidente Lula.

    “Ele perdeu o foro, vai ser julgado e vai para o banco dos réus na primeira instância, como um cidadão comum, então eu acredito que não dá para discutir o papel político do Bolsonaro sem analisar a sua vulnerabilidade jurídica na esfera criminal. Isso vai determinar o papel dele, o futuro dele, e o futuro da oposição bolsonarista no governo Lula”, finalizou Boulos.

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