Justiça do RJ ordena soltura de modelo Bruno Krupp após STJ conceder habeas corpus
Em julho do ano passado, modelo atropelou e matou jovem João Gabriel, de 16 anos, quando dirigia a mais de 100 km/h, na Barra do Tijuca, no Rio de Janeiro
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a soltura de Bruno Krupp depois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder habeas corpus ao modelo, que está preso desde agosto do ano passado.
Em julho, Krupp atropelou e matou o jovem João Gabriel, de 16 anos, quando dirigia a mais de 100 km/h na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, na capital carioca.
“Em cumprimento a decisão do Superior Tribunal de Justiça, o juízo da 4ª Vara Criminal expediu ordem de liberação em favor de Bruno Fernandes Moreira Krupp”, informou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) à CNN, nesta quarta-feira (29).
Na decisão, o juiz pontuou a determinação do STJ que “concedeu a ordem para substituir a prisão preventiva por cautelares alternativas”.
O modelo deverá usar tornozeleira eletrônica, comparecer em juízo no início de todo mês, está proibido de deixar o país sem autorização judicial e deverá entregar seu passaporte. Por fim, Bruno Krupp teve o direito de dirigir suspenso e está proibido, por decisão judicial, de obter habilitação.
A defesa do modelo, em nota, afirmou à CNN que “Bruno Krupp vem sendo indevidamente julgado, de forma antecipada, pelo impiedoso Tribunal da internet, em razão de informações inverídicas irresponsavelmente divulgadas nas redes sociais”.
“Foi tomada a decisão correta e adequada de colocar Bruno em liberdade, fazendo cessar o constrangimento ilegal a que vinha sendo submetido pela 4ª Vara Criminal do RJ e pela 2ª Câmara Criminal do TJRJ, que o mantiveram preso por oito meses por conta de um acidente de trânsito no qual evidentemente ele não agiu com a intenção de causar o trágico resultado, como reconhecido pelo STJ”, acrescentou.
“A defesa está confiante de que todas as circunstâncias dos casos em que Bruno está envolvido serão devidamente esclarecidas, de maneira a demonstrar a verdade e reverter toda a injustiça contra ele cometida”, concluiu o comunicado.
Relembre o caso
João Gabriel Cardin Guimarães foi socorrido com vida pelo Corpo de Bombeiros, que amputou a coxa esquerda da vítima ainda no local. Ele foi encaminhado para o hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu e morreu no domingo (31).
Krupp teve escoriações e também foi levado para o complexo de saúde.
De acordo com informações da Polícia Militar, o acidente aconteceu na Avenida Lúcio Costa, na Barra, por volta das 22h50.
O adolescente atravessava a via, quando foi atingido pela motocicleta conduzida por Bruno.
As câmeras de monitoramento de trânsito flagraram o modelo conduzindo uma moto em alta velocidade. Em audiência de instrução em novembro do ano passado, Krupp admitiu que estava dirigindo a mais de 100 km/h.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil, inicialmente o caso foi registrado na delegacia da Barra da Tijuca como lesão corporal na direção de veículo automotor, mas, com a morte da vítima, o caso passou a ser investigado como homicídio culposo.
A Polícia Civil já havia informado que Bruno Krupp não tinha habilitação para conduzir o veículo.
A Justiça ainda acrescenta que o mesmo teria sido pego por uma blitz de trânsito três dias antes do ocorrido.
(Publicado por Léo Lopes, com informações de Laura Slobodeicov, da CNN)