Vulcabras se consolida no setor e tem faturamento recorde em 2022 de R$ 2,9 bi
Empresa alcança lucro líquido de 469,9 milhões no último ano, quase 50% maior que em 2021
A gestora de marcas esportivas Vulcabras registrou R$ 2,9 bilhões de faturamento em 2022, um crescimento de 32,6% se comparado com o ano anterior. O grupo vem crescendo há oito trimestres consecutivos, se consolidando como o maior do país no segmento. A empresa reportou um lucro líquido de R$ 469,9 milhões em 2022, avanço de quase 50%.
Em entrevista à CNN, Pedro Bartelle, CEO da Vulcabras, apontou que o recorde de resultado é reflexo do novo posicionamento da marca, ampliação do portfólio e foco na performance. O grupo atua com três marcas: Olympikus, Mizuno e a americana Under Armour.
“Nós traçamos um plano de crescimento, principalmente para as duas marcas internacionais, uma chegou há quatro anos (Under Armour) e a Mizuno chegou há apenas dois anos, temos um espaço muito grande para crescer com essas duas. Outra via de crescimento está na própria Olympikus, que tem o propósito de democratizar o esporte no Brasil, é o tênis que mais vende em volume de pares e começa agora a atuar em alta perfomance”, diz Bartelle.
A Vulcabras é uma velha conhecida no imaginário do brasileiro. A empresa foi fundada em 1952, passou por diversas transformações ao longo das décadas e começou a licenciar marcas esportivas nos anos 80, trazendo a Adidas para o país. Em 2007, o grupo adquiriu a Azaléia, quando passou a gerir a marca Olympikus.
A empresa sediada no interior do estado de São Paulo é a maior produtora de calçados esportivos do Brasil e cita a dificuldade do setor em ter preço competitivo disputando com o mercado asiático, principalmente no custo da mão de obra.
“O Brasil perde em custos e teve que inventar alguma maneira para competir. Nós criamos uma indústria muito flexível e muito rápida para atender o mercado quase que mensalmente. Então, a gente compete contra importadores que levam mais tempo para entregar esses produtos. E a gente pode repor os produtos que nós vendemos quase que mensalmente. Então, a gente tem algumas vantagens aqui. O Brasil é tão produtivo ou mais do que a Ásia, só não tem a competitividade dos custos de mão de obra, que não estão errados aqui. Estão errados lá”, conclui o CEO da Vulcabras.