Inflação na zona do euro recua em fevereiro, mas núcleo dos preços aumenta
CPI nos 20 países do bloco caiu para 8,5% em fevereiro, ante 8,6% no mês anterior
A inflação na zona do euro diminuiu um pouco em fevereiro, mas o avanço do núcleo do índice de preços continuou a acelerar devido a um aumento nos custos de serviços, disse a agência de estatísticas da UE, Eurostat, nesta sexta-feira (17), confirmando dados preliminares divulgados neste mês.
A inflação dos preços ao consumidor nos 20 países que usam o euro caiu para 8,5% em fevereiro, ante 8,6% no mês anterior, com uma grande queda nos custos de energia compensada por aumento nos preços em quase todas as outras áreas.
Mas o avanço do núcleo dos preços continuou a acelerar e a inflação excluindo os preços voláteis de alimentos e combustíveis, um indicador observado de perto pelo Banco Central Europeu, saltou de 5,3% para 5,6%.
O BCE elevou as taxas de juros em mais 50 pontos-base na quinta-feira para combater um aumento histórico nos preços e suas novas projeções mostraram que a inflação subjacente ainda será persistente por muitos anos, ficando acima de sua meta de 2% até 2025.
É provável que isso preocupe as autoridades porque a alta do núcleo de preços, muitas vezes alimentado pelo aumento dos salários, tende a prolongar a inflação geral, tornando-a ainda mais difícil de controlar.
Embora o BCE não tenha feito uma avaliação usual do risco de inflação em seu comunicado de política monetária na quinta-feira, algumas autoridades já disseram que o viés é de alta porque o núcleo da inflação está se mostrando persistente.