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    No Rio de Janeiro, PF apreende cerca de 1.000 armas em lojas irregulares

    Em outra operação distinta, a Polícia Militar interceptou um caminhão com fuzis e bandidos em fuga

    Pedro DuranCleber Rodriguesda CNN , No Rio de Janeiro

    Na terceira etapa da Operação Desarmada, realizada nesta quarta-feira (15) no Rio de Janeiro, a Polícia Federal apreendeu cerca de 1.000 armas, além de milhares de munições e acessórios usados por quem porta arma de fogo.

    Um mês atrás, nos mesmos locais onde foram cumpridos os mandados desta semana, a PF já tinha apreendido 68 fuzis, 12 revólveres de calibres restritos, 204 carregadores de fuzis e milhares de munições de diversos calibres, na maior apreensão de armas de fogo da história da corporação no estado.

    Na ocasião, quatro pessoas foram presas. Segundo os policiais, eles estavam “comercializando armas de fogo sem a vigilância armada, sem a guia de tráfego correta e com a atividade comercial de material bélico suspensa, em desacordo com as normas regentes”.

    A Polícia Federal explicou que a primeira e a segunda etapas da Operação Desarmada visavam armas de comércio restrito.

    Desta vez foram apreendidas as outras armas, de comércio legalizado mas que eram vendidas de forma irregular. Os responsáveis pelas lojas podem responder por comércio ilegal de armas de fogo e posse ilegal de arma de fogo.

    “A apreensão de uma quantidade tão expressiva de material bélico é de suma importância perante o objetivo de impedir que as armas de fogo sejam possivelmente introduzidas no mercado clandestino, visando o enfraquecimento de organizações criminosas como milícias, escritórios do crime e facções”, disse a PF, em nota.

    Operação da Polícia Militar prende 22 pessoas

    Em outra ação realizada também nesta quarta-feira, a Polícia Militar apreendeu sete fuzis e 11 pistolas na região da Cidade de Deus, na zona Oeste do Rio de Janeiro.

    Foram presas, ao todo, 22 pessoas que, segundo a polícia, pertencem à mesma facção criminosa e serão enquadradas em diversos crimes, de adulteração de chassis de moto à obstrução de vias e tentativa de fuga da polícia. Um homem e uma mulher que estavam foragidos também foram localizados.

    A ação contou com uma integração de equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Batalhão de Ações com Cães, Grupamento Aeromóvel e Núcleo de Apoio às Operações Especiais.

    Em uma área de mangue na região da Taquara, bandidos trocaram tiros com os policiais. Por lá foi preso um homem que portava um fuzil AR-15.

    Em outro confronto, três suspeitos foram atingidos e legados ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Uma granada e duas pistolas foram apreendidas com eles.

    Caminhão interceptado

    A polícia afirma ainda que interceptou um caminhão que levava 15 fugitivos com seis fuzis, nove pistolas e coletes à prova de bala.

    Eles foram pegos na estrada Grajaú-Jacarepaguá. “Esse grupo fugia da Cidade de Deus para buscar refúgio em comunidades da zona norte do Rio de Janeiro”, afirmou o porta-voz da PM, coronel Marco Andrade.

    A CNN apurou que a Cidade de Deus é o centro de uma área dominada pelo tráfico que tenta se expandir na região de Jacarepaguá. Na tentativa de vencer as fronteiras do território dominado, os traficantes entraram em guerra com a milícia que domina outras áreas como Muzema e Rio das Pedras.

    Entre os presos que estavam tentando fugir no caminhão estava Denys Gabriel Gonçalves Monteiro, conhecido como Biel, apontado como um dos chefes da facção criminosa que comanda a região.

    “A Cidade de Deus pertence a uma facção criminosa. A PM circulou hoje a Cidade de Deus e asfixiou eles hoje o dia inteiro, não deixou eles fugirem”, completa Andrade. Além das armas e do caminhão, a polícia ainda recolheu dez simulacros de fuzis.

    Em nota enviada à CNN, a Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que “a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) investiga a atuação de traficantes e milicianos nessas regiões e tem feito monitoramento para identificar os criminosos”.

    A Polícia Civil acrescenta ainda que “o levantamento de informações de inteligência e monitoramento constante dos dados são utilizados para as ações, visando à identificação e à prisão dos integrantes dessas organizações criminosas”.

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