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    União fecha acordo para encerrar 20 mil processos trabalhistas

    Ajuste assinado com TST vai beneficiar trabalhadores de empresas terceirizadas que prestam serviços aos órgãos da União

    Caso chegou ao TST, que condenou laboratório ao pagamento de multa
    Caso chegou ao TST, que condenou laboratório ao pagamento de multa Foto: Tribunal Superior do Trabalho/Divulgação

    Lucas Mendesda CNN em Brasília

    A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) fecharam nesta segunda-feira (13) um acordo de cooperação que vai encerrar cerca de 20 mil processos trabalhistas.

    As ações são de trabalhadores contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços para a União, como recepção, vigilância e limpeza.

    A União tem responsabilidade subsidiária dos encargos trabalhistas em casos de terceirização, se a empresa não bancar os recursos ao funcionário. Com o acordo assinado, a AGU deixará de recorrer nos processos em que é acionada na Justiça e também vai propor conciliação com os trabalhadores.

    A maior parte das causas é de valores baixos, de um a dois salários mínimos. Os casos judicializados envolvem a falta de pagamento dos últimos salários e verbas rescisórias.

    O acordo foi assinado na sede do TST. Participaram da cerimônia o advogado-geral da União, Jorge Messias, o ministro do Trabalho e Emprego Luiz Marinho, o presidente do TST, Lelio Bentes Corrêa, o vice-presidente da Corte, Aloysio Corrêa da Veiga, o procurador-geral da União, Marcelo Eugenio Feitosa Almeida e a Procuradora Nacional da União de Trabalho e Emprego, Monica de Oliveira Casartelli.

    Para Messias, o acordo é “histórico e simbólico” e representa uma nova forma de a AGU agir, buscando reduzir a litigiosidade.

    “A responsabilidade subsidiária da administração pública por contrato de terceirização inadimplido tem flagrante impacto social, já que o volume de processos nas instâncias ordinárias, os trabalhadores terceirizados que laboraram em favor da União, recepção, vigilância, copeiragem, limpeza, nos mais diversos órgãos, essas pessoas estão sem receber a contraprestação pelo trabalho prestado há muitos anos”, declarou.

    “A situação se agrava quando vemos o baixo valor das ações que representam, geralmente os últimos dois meses de trabalho e as verbas rescisórias, que representam um salário mínimo”, afirmou. “O custo de litigar é maior que o valor que se teria que pagar ao trabalhador ao final da ação”.

    Para o presidente do TST, o acordo vai contribuir para desafogar a Justiça do Trabalho.

    A CNN questionou a AGU sobre se há alguma estimativa do custo envolvido no acordo, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.