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    No Amapá, presos pagavam mensalidade de R$ 50 para participar de facções

    Grupo foi alvo da Polícia Federal nesta sexta-feira, com mandado dentro do Instituto de Administração Penitenciária

    Elijonas Maiada CNN , em Brasília

    Investigações da Polícia Federal (PF) identificaram quatro lideranças responsáveis pelo sistema de pagamento de mensalidade para uma facção criminosa no Amapá.

    Uma delas seria o líder de “gestores”, que atuava de dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

    Segundo a PF, sob ordem de liderança dentro do Iapen, os investigados que atuavam na rua eram responsáveis por catalogar e receber os valores a título de taxa de manutenção dos membros ligados à facção criminosa. O dinheiro ia para a “caixinha”, como era conhecida.

    A investigação apontou que o processo consistia no pagamento mensal que variava entre R$ 50 à R$ 100, a depender das atribuições e funções estabelecidas dentro da facção, sendo o pagamento um requisito indispensável para integrar o grupo de faccionados.

    Em contrapartida, a PF diz que era garantido aos associados uma espécie de autorização para traficar drogas nas áreas de domínio da facção, além de receber a proteção da organização criminosa nos mais diversos assuntos relacionados à criminalidade.

    Os valores seriam pagos em espécie a membros da organização responsáveis pela arrecadação e também feitos por transferências bancárias por pix, apontou a polícia.

    Nesta sexta-feira (10), o grupo foi alvo de operação da Polícia Federal e da Força Tarefa de Segurança Pública no estado.

    Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, sendo uma busca e uma prisão realizada em um interno de dentro do Iapen.

    A ação é um desdobramento da Operação Godzilla, deflagrada em janeiro de 2023.

    A CNN procurou o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá e aguarda retorno.

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