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    Bolsas da Ásia fecham em maioria em baixa, após dados de inflação chinesa

    Na China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,22%, a 3.276,09 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve perda marginal de 0,07%, a 2.113,33 pontos

    Sergio Caldas, do Estadão Conteúdo

    As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira (9), após dados da inflação chinesa mais fracos do que o esperado e enquanto investidores ponderam as chances de mais altas de juros agressivas nos EUA.

    Na China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,22%, a 3.276,09 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve perda marginal de 0,07%, a 2.113,33 pontos.

    Dados oficiais mostraram que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) chinês desacelerou para 1% em fevereiro, ante 2,1% em janeiro. O resultado do mês passado foi o mais baixo em um ano e ficou bem aquém da projeção do mercado, de 1,7%.

    Para analistas, o CPI chinês lança dúvidas sobre a recuperação da demanda das famílias, mas também abre espaço para medidas de relaxamento monetário.

    “A surpresa para baixo da inflação pode aumentar ligeiramente a probabilidade de um corte moderado nas taxas (de juros) nos próximos meses”, disse a Nomura, em nota a clientes.

    Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 0,63% em Hong Kong, a 19.925,74 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi mostrou perda de 0,53% em Seul, a 2.419,09 pontos, e o Taiex cedeu 0,30% em Taiwan, a 15.770,66 pontos.

    A exceção foi o japonês Nikkei, que subiu 0,63% em Tóquio, a 28.623,15 pontos, atingindo o maior nível desde 26 de agosto do ano passado, à medida que a recente fraqueza do iene ante o dólar favoreceu ações dos setores de eletrônicos e financeiro.

    Na próxima madrugada, o Banco do Japão (BoJ) anuncia decisão de política monetária, a última sob a presidência de Haruhiko Kuroda.

    A maioria dos economistas não prevê mudanças, mas há quem alerte para o risco de Kuroda surpreender e eliminar, ao menos, o chamado “controle da curva de juros”, antes de ser substituído por Kazuo Ueda, em abril.

    Investidores na Ásia também seguem atentos à trajetória dos juros dos EUA, que tendem a subir em ritmo mais forte do que se imaginava este ano, segundo sinalizou o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, nos dois últimos dias.

    Na quarta-feira, no entanto, Powell disse que a decisão de juros do Fed deste mês ainda não foi tomada e dependerá de dados econômicos ainda a ser publicados.

    Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no azul nesta quinta, à medida que o bom desempenho de ações financeiras e de tecnologia compensou perdas no setor minerador. O S&P/ASX 200 teve ligeira alta de 0,05% em Sydney, a 7.311,10 pontos.

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