Waack: Não se deveria chamar esse sistema tributário brasileiro de manicômio
É que do manicômio ainda é possível fugir. Seja o nome que for dado, começou nesta terça-feira (7) a correr o prazo para reformar esse sistema
A piada é velha mas vale a pena ser repetida. Não se deveria chamar esse maluco sistema tributário brasileiro de manicômio. É que do manicômio ainda é possível fugir.
Vamos chamar do que, então? Cipoal? Pântano? Inferno? Seja o nome que for dado, começou hoje a correr o prazo para reformar esse sistema. É algo que se discute há décadas, nunca se consegue, e todo mundo implora que aconteça.
Qual o motivo, então, de a gente sempre anunciar a reforma e sempre esperar que ela aconteça? É político – muito mais do que técnico.
A reforma desse sistema maluco, um dos maiores entraves ao crescimento do Brasil, tem logicamente questões técnicas complexas, mas a principal questão é política. No seu sentido mais amplo.
Trata-se de procurar um consenso entre setores com interesses antagônicos, como agricultura e serviços. E entes da federação com medo enorme de perder arrecadação, como estados e municípios.
Em outras palavras, o que se requer são notáveis qualidades de negociação e liderança. Sem elas não dá para fugir de um manicômio.
