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    Mercado de capitais têm em fevereiro volume mais baixo de captações desde 2020, diz Anbima

    Associação diz que resultado representa uma queda de 51,2% em relação a janeiro e reflete o ambiente de aversão ao risco que marcou o início do ano

    Pedro Zanattada CNN , em São Paulo

    Em fevereiro, as captações do mercado de capitais totalizaram R$ 13 bilhões, o que corresponde a uma queda de 51,2% em relação ao mês anterior. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (7) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O resultado representa o volume mensal mais baixo desde maio de 2020. 

    Segundo a associação, até o momento, as ofertas em andamento e em análise somam R$ 14 bilhões e R$ 5,2 bilhões, respectivamente (desconsiderando o volume das ofertas de ações).

    A avaliação da Anbima é de que o resultado refletiu o ambiente de aversão ao risco que marcou o início do ano diante dos eventos de crédito e os pedidos de recuperação judicial de empresas ocorridos no período.

    Além disso, a associação cita a falta de indicação de um novo arcabouço fiscal para este ano e a perspectiva de manutenção de juros altos por mais tempo em meio a questionamentos do próprio governo quanto à condução do sistema de metas de inflação pelo BC.

    As debêntures representaram 50,9% do volume total emitido em fevereiro, o que correspondeu a um volume de R$ 6,6 bilhões, contra R$ 18,7 bilhões do mês anterior.

    A Anbima contabilizou 19 operações realizadas com este ativo contra 25 registradas em janeiro. Já as emissões de CRAs vieram em seguida, equivalentes a uma parcela de 14,6% do volume colocado.

    As notas comerciais vêm mantendo sua representatividade com parcela de 10,5%, o que correspondeu a um montante de R$ 1,4 bilhão.

    Entre os subscritores das ofertas de debêntures, 59,3% foram para intermediários e demais participantes da oferta e 33,2% para os fundos de investimentos. Nessas colocações, 43,1% foram direcionadas para o refinanciamento de passivo, parcela bem superior ao mesmo período do ano passado, que foi de 26,4%.

    “Esse aumento possivelmente está vinculado às mudanças nas expectativas das curvas de juros de médio e longo prazo”, diz a associação.

    Segundo o levantamento, mesmo com a queda das emissões, os volumes dos instrumentos híbridos (Fiagro e FII) representaram 13,9%, o que equivale a um montante colocado de R$ 1,8 bilhão. No acumulado no ano, o volume registrado foi de R$ 5,1 bilhão, o que corresponde a 12,7% das emissões do ano.

    A Anbima ressalta ainda que somente estes instrumentos representam R$ 4,7 bilhões das ofertas que estão em andamento.

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