Mulheres são mais escolarizadas do que os homens, mas ainda ganham menos em SP, indica levantamento
Na faixa de 25 a 34 é onde há maior diferença: 34% das mulheres completaram o ensino superior para 27% dos homens
As mulheres paulistas são mais escolarizadas do que os homens, mas ainda recebem um salário menor, de acordo com o “Perfil da Mulher Paulista; demografia, escolaridade, trabalho e renda” da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), divulgado no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
Até os 54 anos, as mulheres paulistas possuem maior nível de escolaridade. Na faixa de 25 a 34 é onde há maior diferença: 34% das mulheres completaram o ensino superior para 27% dos homens.
Segundo a pesquisa, em 2022, 36% de mulheres com 25 anos ou mais concluíram o nível médio e 26% o ensino superior.
Nível de escolaridade, no entanto, não é um dado decisivo para equalizar os salários em São Paulo. O rendimento das mulheres não negras por hora é de R$ 22,09; enquanto os homens não-negros recebem R$ 27,15.
O salário das mulheres negras é ainda mais discrepante: R$13,86 por hora, metade do que os homens não-negros recebem, e um pouco menos do que os homens negros ganham: R$ 15,65.
O estudo também aponta que o mercado de trabalho apresenta condições menos favoráveis para as mulheres negras, com uma taxa de desemprego de 14,2% no estado de São Paulo. É mais que o dobro do que a dos homens não-negros, com 5,8% de desemprego.
Atualmente, o estado de São Paulo é composto por 23 milhões de mulheres, que corresponde a mais da metade de toda a população paulista (51%) e 21% em relação à população feminina brasileira, isso significa que um quinto de toda a população brasileira é formada por mulheres paulistas.