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    Propagação de discurso de ódio contra mulheres é uma vergonha, diz especialista

    À CNN Rádio, a ex-promotora de Justiça Gabriela Manssur disse que houve avançou nos direitos das mulheres, mas que conscientização ainda é desafio

    Amanda Garciada CNNLetícia Vidica

    A ex-promotora de Justiça e presidente do Instituto Justiça de Saia Gabriela Manssur avalia que houve avanços no combate à violência contra a mulher, mas que há um longo caminho a ser percorrido em meio a alguns retrocessos.

    Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a advogada participou do CNN No Plural, na CNN Rádio, e explicou que a misoginia vai de encontro à emancipação feminina.

    “O discurso de ódio não é contra uma mulher em específico, mas mais pelo fato da possibilidade de ampliação da autonomia de todas as mulheres”, disse.

    Ela lembra que há um crescimento desses discursos de ódio, de “homens que não se conformam com a independência feminina.”

    Mesmo assim, de acordo com a especialista, existem avanços na criminalização de condutas que ferem os direitos das mulheres.

    Como exemplos, ela citou a “tipificação da violência psicológica, aumento das penas por lesão corporal, feminicídio, importunação sexual.”

    Ao mesmo tempo, Manssur ressalta que não há um “crime de misoginia”, que ataca direitos coletivos.

    “É possível até uma ação civil pública para impedir essas situações e pleitear danos morais contra quem propaga esse discurso de ódio, que é uma vergonha.”

    A ex-promotora lamentou que o Brasil ainda é o 5º país do mundo com maior índice de violência contra a mulher.

    “O Brasil possui legislações reconhecidas internacionalmente, como a Maria da Penha, que trouxe avanços impactantes, precisamos avançar nessa lei e na conscientização”, completou.

    *Com produção de Isabel Campos

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