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    Com João Luiz Fukunaga, Previ volta a ter presidente sindicalista após 13 anos

    Gestão sucede uma série de nomes técnicos à frente do maior fundo da América Latina, responsável por gerir cerca de R$ 200 bilhões e tem quase 200 mil participantes

    Ligia TuonTamara Nassifda CNN

    O sindicalista João Luiz Fukunaga, de 39 anos, assumiu a liderança do maior fundo de previdência da América Latina, a Previ, no último dia 24.

    Fukunaga é o primeiro sindicalista a chefiar o fundo desde 2010, quando Sergio Rosa deixou o cargo, e sua gestão sucede a de uma série de nomes técnicos à frente da Previ (veja abaixo).

    Segundo o fundo, que gerencia os recursos dos funcionários do Banco do Brasil, Fukunaga teve seu nome aprovado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), após ter sido indicado pelo BB.

    Seu mandato vai até 31 de maio de 2026.

    O fundo é responsável por gerir cerca de R$ 200 bilhões e tem quase 200 mil participantes.

    Funcionário da instituição e associado do Previ Futuro desde 2008, Fukunaga é formado em História e tem mestrado em História Social pela PUC-SP. Começou sua carreira como professor do Ensino Médio e também atuou como pesquisador, tendo realizado diversas produções acadêmicas na área da educação.

    Em janeiro de 2022, foi escolhido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), entidade que reúne os maiores sindicatos do país, para o cargo de Auditor Sindical, atuando nas negociações entre funcionários e a direção do banco, destaca a Previ.

    Em 2012, o sindicalista havia assumido a direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo, e foi coordenador nacional da Comissão de Negociação dos Funcionários do BB. Nesse período acumulou experiência nas principais funções de gestão da entidade, diz a Previ.

    Procurada, a Previ informou que Fukunaga cumpre todos os critérios de exigência para concorrer a uma posição de gestão na empresa. Um deles é ser associado dela por mais de dez anos; outro, ter experiência na área de finanças — ambos assegurados pela passagem no BB.

    Segundo a assessoria de imprensa, os requisitos são:

    1) possuir experiência profissional comprovada de, no mínimo, três anos no exercício de atividades nas áreas financeira, administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização, de atuária, de previdência ou de auditoria;
    2) não ter sofrido penalidade administrativa por infração da legislação da seguridade social, inclusive da previdência complementar ou como servidor público;
    3) não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado;
    4) ter reputação ilibada;
    5) obter certificação emitida por entidade autônoma, nos prazos estabelecidos na Instrução;
    6) ter residência fixa no Brasil, para os membros da Diretoria Executiva.

    Presidentes anteriores:

    – Daniel Stieler (2021 a 2023)

    Quando assumiu, era funcionário do BB desde a década de 1980. Foi gerente executivo na Diretoria de Contadoria e diretor de Controladoria do BB. Antes de assumir a liderança da Previ, exercia o cargo de diretor-superintendente da Economus, o fundo de pensão da Nossa Caixa, que foi adquirida pelo BB em 2009.

    É graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Maria (RS) e possui pós-graduações em Administração Financeira e Auditoria, ambas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), além de um MBA em Contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP).

    – José Maurício Coelho (2018 a 2021)

    Também com longa carreira no Banco do Brasil, ajudou a estruturar a área de mercado de capitais no final dos anos 1990 e, mais recentemente, na criação da BB Seguridade. Era visto pelo presidente do BB à época, Paulo Caffarelli, como um profissional técnico e experiente em negociações complexas.

    – Gueitiro Matsuo Genso (2015 a 2018)

    Quando assumiu o fundo, era diretor de Clientes Pessoa Física do Banco do Brasil, onde atuava desde 1985. Especializou-se em administração financeira com ênfase em finanças para gerência pela FGV.

    – Marco Geovanne Tobias da Silva (interino de dezembro 2014 a março de 2015)

    Assumiu a presidênca do fundo, do qual era diretor de participações, interinamente após a aposentadoria de Dan Conrado. Tem em seu currículo cursos como Gestão de Investimentos Alternativos para Fundos de Pensão na Wharton University of Pennsylvania. No Banco do Brasil, atuou nas áreas de Finanças, Consultoria Técnica, Banco de Investimentos e Estratégia, Marketing. Foi membro do Conselho de Administração do IBRI, Presidente do conselho Fiscal da Coelba, Diretor do IBEF-DF.

    – Dan Conrado (2012 a 2014)

    Bacharel em direto, era funcionário de carreira do BB desde 1980, onde ocupou funções de administrador de agência, superintendente e foi responsável pelo integração do BB com a Nossa Caixa, comprado do governo paulista em 2008. Além disso, atuou como conselheiro des empresas como Weg, Celesc e Brasilprev.

    – Ricardo Flores (2010 a 2012)

    Antes de assumir o fundo, em 2010, ocupava o cargo de vice-presidente de crédito do Banco do Brasil. Considerado um nome técnico para a função, teve participação reconhecida na elevação do crédito do BB durante a crise internacional.

    Acumula experiência como membro e também presidente do conselho de administração de diversas companhias, como Nossa Caixa, Vale e outras.

    Ocupou ainda a presidência da Federação Nacional das Empresas de Capitalização (FENACAP) e a vice-presidência da Confederação das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSEG). Flores é economista, com MBA em Controladoria e em Formação para Altos Executivos, ambos pela Universidade de São Paulo, e tem especialização em Análise e Elaboração de Projetos.

    – Sergio Rosa – (2003 a 2010)

    Ex-dirigente sindical, Rosa permaneceu oito anos no cargo, uma forte vinculação com o PT e interlocução direta com o Palácio do Planalto. Foi presidente da Brasilprev após uma passagem pela Previ, presidente do conselho de administração da Vale

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