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    10 anos da morte de Hugo Chávez: veja 10 momentos marcantes da vida do líder venezuelano

    Morto em 5 de março de 2013, Chávez foi considerado um líder carismático e polêmico que polarizou o país em torno de sua figura e de sua gestão

    Osmary HernándezAlfredo Mezada CNN

    Em 5 de março de 2013, foi anunciada a morte do presidente da Venezuela, Hugo Rafael Chávez Frías. O presidente era considerado um líder carismático e polêmico que polarizou o país em torno de sua figura e de sua gestão.

    Dez anos após sua morte, seguidores e dirigentes do Partido Socialista Unido da Venezuela homenageiam Chávez com diversas atividades em praças públicas, fóruns sobre sua vida e obra e um ato cívico-militar agendado para este domingo, no Museu da Revolução Bolivariana de Quartel Montaña, localizado no oeste de Caracas, onde repousam seus restos mortais.

    Para muitos, sua irreverência e estilo sempre permitiram que ele se destacasse para o bem ou para o mal, mas nunca para passar por baixo da mesa.

    Estes são 10 dos momentos mais marcantes da vida de um dos políticos mais importantes da história republicana da Venezuela.

    1 – 4 de fevereiro de 1992: “Por enquanto”

    Chávez aparece pela primeira vez na televisão após ter tentado derrubar o então presidente Carlos Andrés Pérez.

    Uma vez detido, dirigiu-se aos militares que o acompanharam naquela tentativa de golpe e afirmou: “Por enquanto, os objetivos que nos propusemos não foram alcançados na capital, ou seja, nós aqui em Caracas não conseguimos controlar poder.”

    Foi um momento chave em sua carreira política. Quase sete anos depois, em 6 de dezembro de 1998, Chávez venceu a eleição presidencial.

    2 – 2 de fevereiro de 1999: Tomada do poder

    O presidente eleito da Venezuela, Hugo Chávez, toma posse do presidente do Congresso venezuelano, Luis Alfonso Dávila, em 2 de fevereiro durante sua cerimônia de posse em Caracas.

    Chávez ergueu a mão direita e foi empossado sobre a Constituição de 1961, que ele chamou de “moribunda”, e prometeu pressionar por uma Carta Magna “adequada aos novos tempos”.

    Nesse mesmo dia, em seu primeiro ato de governo, o novo presidente assinou um decreto para convocar um referendo consultivo. Essa consulta foi realizada em 25 de abril do mesmo ano e perguntou aos venezuelanos se eles queriam convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para redigir uma nova Constituição.

    Este novo contrato social foi aprovado no referendo de 15 de dezembro de 1999. Anos depois, em 10 de janeiro de 2007, quando foi empossado para o triênio 2007-2013, disse que daria “seus dias e suas noites e sua toda a vida na construção do socialismo venezuelano.”

    3 – Abril de 2002: Assobios, demissões e golpe

    Após uma greve iniciada pela alta direção da estatal Petróleos de Venezuela, a principal empresa do país, Chávez decidiu demitir sete de seus dirigentes em uma memorável transmissão de seu programa Hello, President, em 7 de abril de 2002.

    Ao serem anunciados seus nomes, o presidente apitou, como se fosse um árbitro de futebol marcando impedimento. por 48 horas. No dia 14 de abril, de madrugada, voltou ao Palácio de Miraflores.

    4 – Setembro de 2006: “Ontem o diabo esteve aqui”

    Um dia depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, discursou na reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, Hugo Chávez exerceu seu direito de falar.

    Antes de iniciar seu discurso, ele disse: “Ontem o diabo esteve aqui.” Logo em seguida, benzeu-se e acrescentou: “Neste mesmo lugar ainda cheira a enxofre.”

    Ele então explicou que chamou o presidente dos Estados Unidos de “diabo”.

    5 – Novembro de 2007: “Por qué no te callas?”

    Durante a XVII Cúpula Ibero-Americana realizada no Chile, o rei Juan Carlos disse ao presidente Chávez o conhecido “por qué no te callas?” (por que você não se cala?, na tradução para o português).

    A frase teve impacto nas relações bilaterais entre Madri e Caracas, mas também na população, sendo estampada até nas flanelas.

    O incidente ocorreu em resposta às críticas de Chávez ao ex-presidente do governo espanhol, José María Aznar. No meio, José Luis Rodríguez Zapatero, que ocupava o cargo na época, pediu que ele respeitasse seu antecessor.

    6 – Dezembro de 2007: primeira derrota em uma eleição

    Após declarar a passagem ao socialismo em sua terceira posse, Chávez promoveu uma ampla reforma da Constituição, que propunha, entre outras coisas, a reeleição contínua do Presidente da República.

    Mas, em 3 de dezembro de 2007, a opção Não prevaleceu sobre a Sim com uma margem mínima.

    No dia seguinte, ao comentar os resultados, o presidente usou palavrões para se referir à vitória dos opositores ao projeto.

    Em fevereiro de 2009, porém, o partido governista conseguiu vencer em referendo que colocou em votação uma emenda à Carta Magna que propunha a reeleição contínua para todos os cargos eleitos.

    7 – Setembro de 2008. Embaixador dos EUA, Patrick Duddy, expulso

    Em um comício realizado na principal rodovia de Caracas, o presidente Chávez expulsou o embaixador dos Estados Unidos em meio a palavrões e expressões vulgares.

    Foi um dos embates mais notórios na tensa relação entre os dois países. Desde então, Washington não teve um embaixador na capital venezuelana.

    A relação bilateral também foi tensa com a Colômbia e principalmente na época do presidente Álvaro Uribe.

    Ainda em 23 de fevereiro de 2010, em um almoço oferecido aos chefes de estado presentes na Cúpula do Rio em Cancun, Chávez teve uma forte discussão com seu homólogo colombiano.

    Uribe acusou Chávez de impor um embargo aos produtos colombianos, versão que Chávez negou.

    Segundo a mídia colombiana, Uribe disse a Chávez “para ser um homem”, ao que Chávez respondeu: “vá para o c….”. Na época, Chávez confirmou essa versão à CNN.

    8 de junho de 2011: Chávez anuncia que está com câncer

    Após uma onda de boatos decorrentes de sua ausência da cena pública, Chávez concedeu uma coletiva de imprensa de Havana para confirmar que tinha câncer na região pélvica.

    A doença exigiu primeiro uma intervenção de emergência para evitar a infecção e, em seguida, uma segunda operação para remover um tumor.

    9 – Outubro de 2012. Último ato de campanha

    Vestido de preto e sob forte chuva, Hugo Chávez subiu ao palco montado na Avenida Bolívar em Caracas, local onde o chavismo realiza seus comícios, para fazer seu discurso de encerramento de sua campanha eleitoral.

    Embora tenha vencido o candidato da oposição, Henrique Capriles, seu estado de saúde não lhe permitiu comparecer à posse em janeiro de 2013.

    10 – Dezembro de 2012. Chávez nomeia Maduro como seu sucessor

    Em ato no Palácio de Miraflores, Chávez nomeou o então vice-presidente Nicolás Maduro como seu sucessor político.

    No início de seu discurso, o presidente anunciou que viajaria a Havana para ser submetido a outra operação. Foi então que ele pediu a seus seguidores que caso novas eleições precisassem ser convocadas, eles votariam em Nicolás Maduro como candidato à presidência da Venezuela.

    Maduro ficou no comando do governo e anunciou a morte do presidente venezuelano em 5 de março de 2013 às 16h25.

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