Pacheco deve discutir com líderes partidários CPI do 8 de janeiro
A expectativa é de que o assunto seja tratado em reunião de líderes marcada para esta terça-feira (28)
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve discutir nesta terça-feira (28) com lideranças partidárias sobre a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre os atos criminosos de 8 de janeiro.
Pacheco tem afirmado a um grupo de aliados que pretende consultar os representantes partidários do Senado Federal antes de tomar uma decisão sobre a comissão de inquérito.
Nesta segunda-feira (27), o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu um prazo de dez dias para que o presidente do Senado Federal esclareça o motivo de não ter feito a leitura do relatório de instalação no plenário da Casa Legislativa.
Para ser instalada, uma comissão de inquérito precisa ter número mínimo de assinaturas (um terço do número total de senadores), fato determinado e previsão de orçamento para seu funcionamento.
No caso, já foram reunidas 27 assinaturas, há orçamento disponível para a instalação da comissão de inquérito e líderes partidários avaliam que não há como negar que a simples destruição das sedes dos poderes não seja um fato determinado.
A questão é que o governo petista, que antes era favorável à comissão de inquérito, mudou de posição. A avaliação é de que a CPI do 08 de janeiro pode acabar sendo utilizada pelos partidos de oposição para tentar compartilhar a responsabilidade com a atual gestão pela falta de segurança na Esplanada dos Ministérios.
Além disso, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, avaliou em entrevista recente à CNN que a instalação da comissão de inquérito seria uma perda de tempo e de recursos já que as investigações da Polícia Federal têm evoluído.
Em 2021, o STF determinou que Pacheco fizesse a leitura do requerimento de instalação da CPI da Pandemia, já que os pressupostos constitucionais também tinham sido preenchidos.