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    Petróleo fecha em baixa, com expectativa de curta duração em corte pela Rússia

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), petróleo WTI para abril fechou em queda de 0,84% (US$ 0,64), a US$ 75,68 o barril

    Natália Coelho, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam nesta segunda-feira (27) em baixa, pressionados pelas expectativas de que a Rússia cancele seu corte de produção depois de março e de olho nas perspectivas de altas de juros nas principais economias do mundo.

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em queda de 0,84% (US$ 0,64), a US$ 75,68 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,94% (US$ 0,78), a US$ 82,04 o barril.

    Segundo a CMC Markets, o petróleo foi pressionado pela expectativa de investidores de que o corte de produção do petróleo russo só deverá durar até março, resultando em um aumento na oferta da commodity.

    A possível mudança já vinha mexendo com o mercado do petróleo desde a semana passada, depois que o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, responsável pela cooperação com a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), mencionou a possibilidade da duração do corte somente até o mês que vem.

    Segundo o Commerzbank, a fala atenuou a possibilidade de um corte mais duradouro, o que deverá afetar a oferta do óleo.

    Hoje, o Bank of America (BofA) reduziu sua previsão para o preço médio do Brent em 2023, de US$ 100 para US$ 88 o barril. Em relatório, o banco observa que o mercado da commodity deve ficar menos apertado do que o previsto em 2023, com a produção da Rússia superando as expectativas nos últimos meses.

    Na visão do Commerzbank, o petróleo vem oscilando de acordo com mudanças sobre o fornecimento da commodity na Rússia e seguindo a demanda pelo óleo na China. “A interação desses dois fatores desempenhará um papel fundamental para determinar se e em que medida o mercado de petróleo estará com oferta excessiva ou insuficiente este ano, o que, por sua vez, também determinará as tendências de preços”.

    A commodity vem reagindo também às expectativas de mais altas de juros pelos principais bancos centrais do planeta, o que pode levar as economias desenvolvidas à recessão. Hoje, por voltas das 16h15 (de Brasília), o CME Group indicava 62,8% de chances de que os juros básicos do Federal Reserve (Fed) subam do nível atual, entre 4,50% a 4,75%, para a faixa de 5,25%-5,50% ou mais até o fim do ano.

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