Governo avalia monitoramento de ocupações irregulares na Região Metropolitana de SP
Ação também facilitaria a chegada da ajuda federal na região afetada pela chuva, que causou a morte de 54 pessoas no Carnaval
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, informou que uma das sugestões avaliadas pelo Governo Federal é criar uma espécie de monitoramento para evitar novas ocupações irregulares na Região Metropolitana de São Paulo.
“Nós sugerimos fazer um comando metropolitano e guardas municipais deslocados para esse comando metropolitano e, eventualmente, a Defesa Civil possa fornecer aeronave para que eles sobrevoem constantemente as áreas para evitar novas ocupações em lugares indevidos”, explicou França.
A integração também facilitaria a chegada da ajuda federal na região afetada pela chuva, que causou a morte de 54 pessoas durante o Carnaval, no litoral norte.
“Parte do recurso, ao invés de vir recurso para cada cidade, poderia vir recurso direto para a região metropolitana e dela servir a todo mundo, inclusive ao litoral norte. Só as cidades da ponta da região norte não fazem parte da região metropolitana. Mas fica muito mais forte o pedido se ele vier com todos os prefeitos concordando”, disse.
Essas foram algumas das sugestões ouvidas por França e também pelos ministros do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e a titular da pasta dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
Os três participaram de uma reunião com doze prefeitos, nove da Baixada Santista e três do Vale do Ribeira, na sede da Autoridade Portuária de Santos na manhã desta sexta-feira (24).
A ideia é que em quinze dias os prefeitos da região vão a Brasília receber retorno sobre as solicitações feitas. “O objetivo do presidente Lula é que a gente reformule a fórmula anterior de deixar acontecer para depois tomar conta da situação. Nós estamos aqui para evitar que aconteça no estado de São Paulo”, afirmou.
Segundo os ministros, o Governo Federal já liberou R$ 60 milhões para ajudar as vítimas. E esse valor pode aumentar.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, lembrou que há aldeias na região e veio verificar qual a situação em que elas se encontram. “Nós viemos acompanhar in loco, ver qual a necessidade desses indígenas ali nesse momento, qual o apoio que vamos dar junto à Defesa Civil e ao ministério das Cidades”, informou.
Após o encontro, Góes e França retornaram para São Sebastião, onde estão trabalhando em conjunto com o governo do estado de São Paulo para atender às necessidades das vítimas da chuva no litoral norte paulista.