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    Após título, intérprete da Imperatriz alfineta influenciadora; entenda

    Pitty de Menezes respondeu à críticas de Antônia Fontenelle; escola nega tom político em vitória

    Pedro Duranda CNN , no Rio de Janeiro

    “Comunidade, Complexo, hoje é cerveja até amanhã”, comemorava com o troféu em mãos o diretor executivo da Imperatriz Leopoldinense, João Felipe Drumond, depois de a escola ser consagrada campeã do carnaval do Rio de Janeiro em 2023.

    Drumond é neto de Luizinho Drumond, que fundou e construiu a escola na zona Norte do Rio de Janeiro. A filha de Drumond, Cátia, hoje é a presidente da escola. Ela homenageou o pai e o Complexo do Alemão durante a comemoração.

    Em entrevista à CNN, Cátia afirmou que a vitória não tem nenhum simbolismo político: “Não tem nada de político, tem é muito amor, muita dedicação e trabalho sério. É do complexo, é do seu Luizinho e é da Imeperatriz”, disse.

    A vitória foi também a consagração do intérprete oficial da escola, Pitty de Menezes. Ele ganhou seu segundo título, o primeiro no grupo especial. Em 2022 o intérprete ajudou a levar a Estrela do Terceiro Milênio para o grupo especial em São Paulo, com a primeira colocação na segunda divisão do carnaval paulista.

    “A gente não fez nem pensando em política, a gente fez tudo com amor, a gente queria ganhar esse campeonato. São 21 anos sem ganhar esse campeonato, não teve política, teve amor que a gente queria colocar nesse chão”, disse ele à CNN.

    Polêmica com influenciadora

    A vitória da escola foi usada também para reagir às criticas feitas pela influenciadora bolsonarista Antônia Fontenelle após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    A polêmica começou quando a blogueira criticou a roupa usada pela primeira dama, Janja, durante a posse de Lula em uma live.

    “Aquilo ali, minha gente, é roupa da velha guarda da Imperatriz Leopoldinense, porque é uma escola neutra, água de salsicha, nem cai e nem sobe”, declarou a Youtuber.

    Janja chegou até a ser convidada para ser madrinha da Velha Guarda e planejava desfilar com a Imperatriz, mas acabou desistindo de última hora. O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Perlingeiro, disse à CNN que ainda acredita que o casal possa ir à Sapucaí no desfile das campeãs no próximo sábado (25).

    À CNN, o intérprete da escola respondeu às provocações: “A resposta foi dada. Quem falou, ouviu. A resposta é essa daí, é campeonato, e a Janja não veio mas ela estava nos nossos corações”.

    “Aquela senhora que falou besteira da nossa imperatriz, da nossa velha guarda. Velha guarda que merece respeito, a Imperatriz merece respeito e a água de salsicha passou aí e é campeã do Carnaval”, completou Menezes.

    Em sua conta no Twitter, sem citar a blogueira bolsonarista, Janja comemorou o título: “Parabéns para a minha querida Imperatriz Leopoldinense, campeã do Carnaval Carioca, com um enredo histórico sobre Lampião. Muito grata por ser madrinha da Velha-Guarda da Escola este ano!”, disse ela.

    Em sua conta no Instagram, Antônia Fontenelle ainda voltou a falar sobre o assunto quando a escola assumiu a dianteira do carnaval.

    “O povo já falando assim: olha se prepara pra pedir o PIX que você vai dar o título pra Imperatriz. Eu não tô querendo polemizar, nada disso, é porque faltando um mês o povo acordou e botou pra quebrar. Realmente, você não acha que eu mereço um PIX, não?”, ironizou a influenciadora.

    Ela ainda compartilhou um print de uma conversa no whatsapp em que uma pessoa diz pra ela: “Tu levantou a Janja e uma escola morta”. Em outra mensagem compartilhada por ela a escola é chamada de “defunto”.

    Complexo do Alemão

    A comunidade do Complexo do Alemão, na zona Norte do Rio, também foi homenageada pela escola. Parte dos integrantes da agremiação vem de lá.

    O prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), comentou sobre o assunto nas redes sociais: “Viva o CPX (quem não sabe o que é, se informa) do Alemão! Viva a Imperatriz Leopoldinense! Viva Ramos! Viva o subúrbio carioca! Viva essa fera que é o Leandro Vieira!”, postou ele.

    A polêmica nasceu durante a campanha eleitoral, quando, em visita ao Rio de Janeiro, Lula usou um boné com a sigla CPX, usada para identificar complexos de comunidades na cidade. O gesto foi criticado por opositores que tentaram associar a sigla e a região ao tráfico de drogas.

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