Livraria Cultura consegue liminar que suspende decreto de falência
Desembargador da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo pediu “reexame” das provas
A Livraria Cultura conseguiu, nesta quinta-feira (16), uma liminar que suspende o decreto de falência da empresa. Na última terça-feira (14), a empresa protocolou um recurso pedindo a suspensão do decreto da Justiça de São Paulo.
Agora, o desembargador J. B. Franco de Godoi, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo – relator do recurso da empresa – que concedeu a liminar, declarou ser preciso fazer um “reexame” das provas que basearam a sentença, uma vez que os efeitos da decisão seriam irreversíveis.
No dia 9 de fevereiro, a Justiça havia decretado a falência da livraria, determinado pelo juiz Ralpho Waldo De Barros Monteiro Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
Após a liminar, a Livraria Cultura se manifestou e disse que o recurso entregue e protocolado, no último dia 14 deste mês, contra a decretação de falência foi aceito pela justiça competente.
“Recebemos com muita alegria, no início dessa manhã, que a ação de falência foi suspensa. O momento agora é de focar nos projetos que estamos desempenhando em busca da recuperação e expansão da empresa”.
“As operações das duas lojas físicas (Conjunto Nacional, em São Paulo, e Bourbon Shopping Country, em Porto Alegre), site, Hub Cultura e programação do Teatro Eva Herz operam normalmente”.
O pedido de recuperação judicial da Livraria Cultura foi realizado em 2018. Naquela época, a empresa declarou ter R$ 285,4 milhões em dívidas. Segundo a defesa, a empresa já pagou mais de R$ 12 milhões a quase 3 mil credores nos últimos quatro anos e estaria em dia com os compromissos.
A exceção seria uma dívida com o Banco do Brasil, que estaria em negociação.