Balões dos EUA sobrevoaram Xinjiang e Tibete, diz China ao alertar para contramedidas
Washington e Pequim travam uma disputa sobre objetos voadores depois que militares norte-americanos derrubaram este mês o que chamaram de balão espião chinês na costa da Carolina do Sul
A China afirmou nesta quarta-feira (15) que balões de alta altitude dos Estados Unidos sobrevoaram as regiões de Xinjiang e Tibete e que tomará medidas contra entidades norte-americanas que minam a soberania chinesa à medida que uma disputa diplomática se agrava.
Washington e Pequim estão travando uma disputa sobre objetos voadores depois que militares dos EUA derrubaram este mês o que chamaram de balão espião chinês na costa da Carolina do Sul. Pequim diz que seu balão era de pesquisa civil desviado por engano do curso e que Washington reagiu de forma exagerada.
Nesta semana, a China respondeu que balões dos EUA haviam sobrevoado seu espaço aéreo sem permissão mais de 10 vezes em voos de volta ao mundo desde maio de 2022.
“Sem a aprovação das autoridades chinesas relevantes, voaram ilegalmente pelo menos 10 vezes sobre o espaço aéreo territorial da China, incluindo sobre Xinjiang, Tibete e outras províncias”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Wang Wenbin em uma entrevista diária à imprensa nesta quarta-feira.
A Casa Branca contestou as alegações da China.
Washington adicionou seis entidades chinesas ligadas ao suposto programa de balões de vigilância de Pequim a uma lista restrita de exportação.
“Os EUA abusaram da força, reagiram de forma exagerada, agravaram a situação e usaram isso como pretexto para sancionar ilegalmente empresas e instituições chinesas”, disse Wang.
“A China se opõe firmemente a isso e tomará medidas contra entidades americanas relevantes que minam a soberania e a segurança da China de acordo com a lei”, declarou Wang, sem especificar as medidas.