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    Quase 70% dos transportadores elevaram frete acima da média no 2º semestre, afirma pesquisa

    Segundo sondagem com 323 transportadores, 69% das companhias elevaram os fretes em 14,8%, enquanto 28% dos participantes tiveram que oferecer descontos de 6,6% em média

    da Reuters

    Cerca de 70% das empresas de transporte rodoviário do Brasil conseguiram reajustar seus fretes em quase 15%, acima do índice médio do setor no último semestre de 2022 (5,4%), apontou uma pesquisa da associação do setor NTC&Logística.

    Segundo a sondagem com 323 transportadores, 69% das companhias elevaram os fretes em 14,8%, enquanto 28% dos participantes tiveram que oferecer descontos de 6,6% em média. Uma minoria de transportadores manteve o valor cobrado.

    Na pesquisa anterior, de agosto de 2022, uma parcela maior das companhias de transporte, de 73%, havia conseguido reajustar os fretes.

    “A NTC&Logística segue acompanhando e sugerindo que as empresas não deixem de cobrar e também repassem o custo correto de seus serviços para que consigam continuar operando…”, disse o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, em nota.

    Ainda que o valor do diesel tenha recuado dois dígitos no segundo semestre, o transportador tem outros custos importantes, como a manutenção dos veículos e mão de obra –os três itens respondem por quase 90% das despesas.

    Com queda valor do diesel, que acumulou recuo de aproximadamente 18% de agosto a dezembro, mais transportadores conseguiram repassar “parcialmente” os custos do combustível, em taxa de 81,6%, versus 74,5% da pesquisa anterior, que mediu um período de despesas crescentes para abastecer os veículos.

    Apenas 7,5% conseguiram repassar os custos do diesel completamente, versus 11% na pesquisa anterior.

    Dessa forma, a defasagem do frete rodoviário em relação aos custos ficou em 11,2%, versus 13,8% na pesquisa anterior.

    O índice de companhias que têm frete a receber em atraso ficou praticamente estável ante a pesquisa anterior, em 77%, apontou a pesquisa.

    “O que nos preocupa é o alto índice de empresas que estão sem receber seus fretes, o que impossibilita o crescimento da empresa, investimentos em equipamentos e novos colaboradores”, disse Pelucio.

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