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    ONGs brasileiras e internacionais cobram medidas concretas de Lula e Biden sobre meio ambiente

    Mais de 19 entidades assinaram cartas abertas aos dois presidente pedindo que o combate ao desmatamento seja a maior prioridade da agenda bilateral

    Américo Martinsda CNN , Londres

    Quatro ONGs brasileiras e 15 internacionais enviaram duas cartas abertas aos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Joe Biden, cobrando medidas imediatas e concretas para a preservação do meio-ambiente e para o combate ao desmatamento ilegal na Amazônia e em outros biomas.

    A carta das entidades brasileiras tem um foco mais político do que a das ONGs internacionais, que deram mais atenção a soluções técnicas e financeiras.

    No primeiro documento, as organizações brasileiras afirmam que “a crise ambiental e a ameaça golpista andam de mãos dadas” no Brasil.Segundo as entidades, “as mesmas forças e os mesmos atores que bancaram ações terroristas no Brasil entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 são também responsáveis pelo desmatamento, pelas invasões de terras indígenas e pelo garimpo ilegal”.

    A carta é assinada pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Coalizão Negra Por Direitos, o Observatório do Clima e a Avaaz (uma entidade com sede central nos EUA).

    Eles pedem, entre outras coisas, que o presidente Lula continue combatendo o garimpo ilegal e se comprometa a vetar “leis contrárias ao meio ambiente” em tramitação no Congresso.

    Outra reivindicação é que o governo trabalhe para erradicar o racismo ambiental, garantindo o acesso universal das populações urbanas e rurais à moradia digna, à cidade, à terra, à água potável, ao saneamento básico.

    No mesmo documento, as entidades exigem que os Estados Unidos respeitem a soberania do Brasil na Amazônia e fortaleçam as “leis para impedir a importação de produtos associados a qualquer desmatamento e degradação da Amazônia e de demais biomas brasileiros”.

    Carta internacional

    A carta das entidades internacionais, que incluem signatários como a  Wildlife Conservation Society, o World Wildlife Fund (WWF) e a Wild Heritage, é muito mais técnica.

    No documento, as entidades pedem que Lula se comprometa, por exemplo, a adotar políticas de rastreabilidade mais robusta de gado, soja, madeira e outras commodities importantes para mostrar que nenhum desses produtos em ligação com desmatamento.

    Eles pedem também que o governo americano cumpra a promessa de destinar US$ 9 bilhões (R$ 47,1 bilhões) para conservar as florestas globais.

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